25 de abril de 2024
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Setor sucroenergético de MS gerou o maior número de empregos na indústria no semestre

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A indústria de Mato Grosso do Sul vem acumulando números negativos na geração de empregos desde o começo do ano. No primeiro semestre de 2015 o saldo entre contratações e demissões foi de 944 vagas encerradas, 84% menor que a média histórica do setor, é o que mostra o relatório divulgado nessa segunda-feira, 27, pela FIEMS (Federação das Indústrias do MS). No acumulado dos últimos 6 meses, foram 5.018 postos de trabalho fechados.

A produção de açúcar e etanol ficou entre as atividades industriais que tiveram números positivos na geração de empregos, com saldo de 814 postos de trabalho gerados. Foi setor que mais empregou no Estado de janeiro a junho desse ano.

Com cerca de 30 mil colaboradores nas 22 unidades em operação, o setor sucroenergético tem a segunda maior massa salarial do Estado e terceira maior média salarial da indústria. Nas cidades onde as usinas são instaladas estima-se que para cada posto criado, mais 3 empregos indiretos são gerados.

No ranking de municípios que mais empregaram no período de janeiro a junho de 2015, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados – Caged, estão Angélica, Nova Andradina, Rio Brilhante, Maracaju, Costa Rica e Chapadão do Sul. Todas essas cidades possuem unidades de processamento de cana.

Para o presidente da Biosul -  Associação de Produtores de Bioenergia de MS, Roberto Hollanda Filho “O setor sucroenergético não é imune à crise. No entanto, ainda existem unidades no MS que tem conseguido manter seus planos de expansão, dessa forma, conseguimos manter e até ampliar os empregos no setor. O fato de estarmos em plena safra tem pouco impacto nesse resultado. Com a mecanização da colheita, o nosso setor praticamente eliminou o trabalho safrista, em que os empregados eram dispensados no final da safra”.

Segundo a Biosul, a expectativa de crescimento da safra 2015/2016 em MS gira em torno de 15% no processamento de cana, 22% na produção de açúcar, 18% de etanol e 27% na produção de bioeletricidade.