29 de março de 2024
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Assinaturas de streaming de música crescem 39%

Vendas físicas de CDs, DVDs e Blu-Rays têm recuo de 8,1% em 2014, mas, em contrapartida, as receitas da área digital cresceram 6,9%, chegando a 46% das vendas mundiais de música.

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O "streaming" se confirmou como a palavra da moda no mercado global de música em 2014 e as receitas digitais já estão perto de superar as vendas físicas no Brasil, de acordo com relatórios divulgados pela Federação Internacional da Indústria Fonográfica (IFPI) e pela Associação Brasileira dos Produtores de Discos (ABPD) nesta terça-feira.

Os dados mostram que as assinaturas de plataformas de streaming, como Spotify e Rdio, tiveram crescimento de 39% no ano passado e já representam 23% do mercado digital global.

As vendas físicas (CDs, DVDs e Blu-Rays) tiveram recuo de 8,1% em 2014, mas, em contrapartida, as receitas da área digital cresceram 6,9%, chegando a 46% das vendas mundiais de música, alavancadas exatamente pelo bom desempenho das plataformas de streaming.

"A sinergia entre o mercado de streaming, as operadoras de telefonia móvel e o uso crescente de smartphones com acesso à Internet criam condições mais do que favoráveis para que este setor continue crescendo significativamente", disse Paulo Rosa, presidente da ABPD.

Ainda segundo os dados da IFPI, no mercado europeu, houve pequena variação negativa de 0,2%. Na América do Norte e na Ásia houve redução nas receitas de 1,1% e 3,6%, respectivamente. A América Latina foi a única região do mundo com crescimento no mercado fonográfico (aumentou 7,3%).

Mercado Brasileiro registra aumento de 2%

No ano passado, o mercado nacional registrou um aumento de 2% em suas receitas, impulsionado pelo crescimento da área digital — receitas com música digital já representam 48% do total combinado entre físico e digital no Brasil.

Em 2014, pela segunda vez em cinco anos, o recuo do mercado físico de música (-15%) foi compensado pelo crescimento nas receitas digitais (+30%). Downloads de músicas avulsas e álbuns completos representaram 30%, Telefonia Móvel 19%, e serviços de streaming de áudio e vídeos musicais 51% das receitas com música digital no Brasil em 2014.

Pela primeira vez, a ABPD informou suas estatísticas seguindo a mesma metodologia do IFPI, pela qual é estimado o mercado total de música gravada, incluindo o setor independente. Outra novidade no relatória da associação brasileira é que os valores brutos arrecadados com direitos de execução pública na parte que cabe aos produtores fonográficos e em sua totalidade, bem como direitos de sincronização, são considerados no somatório de receitas do mercado musical brasileiro.

Seguindo essa metodologia, o total do mercado brasileiro de música gravada em 2014 é composto por vendas físicas de CDs e DVDs (R$ 236,5 milhões), receitas com música digital (R$ 218 milhões), direitos de execução pública (R$ 122,7 milhões) e de Sincronização (R$ 4,5 milhões), totalizando R$ 581,7 milhões, comparados a R$ 570,4 milhões de 2013 (+2%).