25 de abril de 2024
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Centro-Oeste cresce, mas estado citado pelo IBGE ao avanço é MT

Pesquisa não revela percentuais sobre avanços industriais em MS

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Pesquisa divulgada nesta quinta-feira (06), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revela que Centro-Oeste se torna a região mais industrializada do país no período de apenas dez anos, essa era a região com menos indústrias ocupando o último lugar no ranking em 2017, quando tinha apenas (5,6%) das indústrias brasileiras. 

 Em dez anos, porém, a participação da região Sudeste reduziu em 4,2 pontos percentuais. Já o Centro-Oeste registrou o maior avanço com 1,9 pontos percentuais, seguido pela região Sul, com 1,3 pontos percentuais. Os estados responsáveis por esse avanço são Mato Grosso e Brasília, conforme IBGE. Mato Grosso do Sul não é citado como destaque.  

"Esse deslocamento produtivo em direção ao Centro-Oeste se deu, principalmente, em razão da migração de plantas agroindustriais que eram dedicadas à fabricação de produtos alimentícios e passaram a participar da produção de biocombustíveis", justifica o IBGE.

A fabricação de produtos alimentícios é atividade industrial que mais gera valor no país. Em 2017, foi responsável por 20,7% do valor da transformação industrial no Brasil, com crescimento de 7,2 pontos percentuais em dez anos. Mato Grosso,  representa 56,5% do total do crescimento.  

A indústria alimentícia é a principal atividade de 16 das 27 unidades da federação, incluindo São Paulo. Além do Mato Grosso, Acre (66,7%), Rondônia (66,7%) e Tocantins (59,8%) devem a ela mais da metade de suas atividades industriais.

Pará lidera como a região de concentração com um só seguimento, onde 75,7% do valor adicionado da indústria é gerado pela extração de minerais metálicos. O estado é sede de duas das maiores operações da Vale – as minas Carajás e S11D – além de atividades de outras mineradoras.

Rio de Janeiro e Espirito Santo aparecem ainda como líderes na industrialização de petróleo.  

Entre 2008 e 2017, apesar do crescimento da indústria alimentícia, a indústria da transformação perdeu participação para a indústria extrativa, cuja importância na geração de valor da indústria brasileira passou de 9,9% para 13,5%.

Em 2017, os estados do Sudeste eram responsáveis por 58% do valor adicionado da indústria brasileira, seguida pelas regiões Sul (19,6%), Nordeste (9,9%), Norte (6,9%) e Centro-Oeste (5,6%). Esse quadro se inverteu na pequisa divulgada nessa quinta-feira, no entanto, a região Sudeste segue liderando o ranking nacional.  

O site MS Notícias entrou em contato com a Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso do Sul (Fiems) para comentar o caso. "Nós geramos pesquisas aqui, temos nossos parâmetros, usamos algumas coisas sobre as pesquisas do IBGE, mas não são tão relevantes", esclareceu a Federação. 

A Fiems ficou de entrar em contato para detalhar os dados, que serão posteriormente adicionados. O conteúdo das pesquisas regionais não foram enviados até a publicação desta reportagem.