25 de abril de 2024
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ECONOMIA

Como investir para formar uma reserva de emergência?

O Tesouro Selic é uma boa opção, já que possui rendimento atrelado à Taxa Selic

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Para garantir o equilíbrio e a saúde financeira, é necessário para qualquer pessoa contar com uma reserva de emergência. A importância desse recurso é tão grande que o coloca como uma das primeiras lições a serem aprendidas nos estudos sobre educação financeira. A reserva de emergência que vai assegurar que as finanças pessoais não se transformem em um caos quando um imprevisto ocorrer.

A reserva de emergência funciona como uma espécie de “colchão de segurança”. A importância dela está diretamente ligada à compreensão de que para se ter organização financeira é preciso planejamento. Como não sabemos o que o futuro nos reserva, o ideal é estar preparado para ele.

Como o próprio nome já diz, a reserva de emergência consiste em uma quantia de dinheiro economizada para ser utilizada apenas em casos de urgência. Há muitas situações que não podem ser previstas, mas que, quando acontecem, exigem recursos financeiros para serem solucionadas.

Os recursos da reserva de emergência podem ser acionados em casos como desemprego, problemas de saúde, necessidade de reparo urgente na casa ou no carro. Embora o ideal seja evitar o endividamento, o uso da reserva também é indicado em casos de acúmulo de dívidas.

O fato é que em meio a situações delicadas, a falta de dinheiro pode intensificar o problema. Quem possui uma reserva de emergência consegue atravessar essas dificuldades de forma mais tranquila, sem comprometer o futuro da sua vida financeira.

Passo a passo para a formação de uma reserva de emergência

Após entender a necessidade de se ter uma reserva de emergência, é preciso seguir para a parte prática: criá-la. Para isso, o primeiro passo será economizar.

Comece cortando os gastos supérfluos e reduzindo, ao máximo, as despesas fixas. As compras de produtos e a realização de atividades que não são de primeira necessidade deverão ser eliminadas durante o processo de formação da sua reserva de emergência. Corte as viagens a passeio, a alimentação fora de casa por lazer, a ida às liquidações de roupas e eletrodomésticos que podem esperar mais um tempo para serem adquiridos, por exemplo.

Com relação às despesas fixas, também há várias dicas para economizar: monitore o tempo no banho e evite deixar lâmpadas acesas em cômodos vazios para reduzir a conta de luz; faça substituições no supermercado para baratear as compras; busque pagar o condomínio e as mensalidades escolares à vista para pleitear descontos.

O valor economizado com estas ações deverá ser direcionado para a criação da reserva de emergência. No entanto, apenas essa quantia não será suficiente. Para se ter ideia, a reserva deve ser capaz de assegurar a cobertura de gastos em um período mínimo de três meses. Quem quiser uma margem maior de tranquilidade pode estender este intervalo para até um ano.

Na prática, isso significa que se a despesa mensal da pessoa for de R$ 2 mil, por exemplo, é preciso economizar entre R$ 6 mil (referente ao período de três meses) e R$ 24 mil (referente ao período de 12 meses).

Após economizar, o próximo passo será investir para fazer o dinheiro render. Desta forma, é muito importante conhecer as opções disponíveis no mercado para identificar quais são as mais compatíveis para o seu projeto de construção da reserva de emergência.

Melhores investimentos para formar reserva de emergência

O mercado disponibiliza diferentes modalidades de investimento, por isso, na hora de escolher qual é a melhor forma de fazer o seu dinheiro render, é importante observar algumas características. A primeira delas é a liquidez, que consiste em na facilidade de resgatar o valor inicial mais os rendimentos. Quanto mais rápido, maior a liquidez.

Para criar uma reserva de emergência é importante escolher investimentos de alta liquidez, pois uma vez que não se sabe quando um imprevisto pode acontecer, o ideal é ter a disponibilidade de poder acionar o dinheiro a qualquer momento que for preciso.

Portanto, é importante saber reconhecer algumas nomenclaturas utilizadas pelo mercado ao se falar sobre a liquidez dos investimentos:

- Liquidez imediata ou D+0: o dinheiro entra na sua conta no momento do resgate;

- Liquidez diária ou D+1: o dinheiro entra na sua conta no dia útil seguinte após a solicitação de resgate;

- D+30: o dinheiro entra na sua conta 30 dias após a solicitação de resgate;

- Liquidez no vencimento: o dinheiro entra na sua conta na data de vencimento determinada no momento em que você fez o investimento.

Outro aspecto importante é que o investimento apresente baixo risco. Embora as opções mais arriscadas tendem a oferecer maiores rendimentos, elas não são as mais indicadas para criar a reserva. Neste sentido, prefira os investimentos em renda fixa em vez dos investimentos em renda variável.

Por fim, escolha as opções em curto prazo para acelerar o processo de formação da reserva.

O Tesouro Selic é uma boa opção, já que possui rendimento atrelado à Taxa Selic, atualmente fixada em 6,5%, e liquidez diária. Trata-se de um dos produtos financeiros mais seguros oferecidos pelo mercado, uma vez que tem a garantia do Tesouro Nacional.

O Certificado de Depósito Bancário (CDB) com liquidez diária é outra alternativa bem interessante. Além de oferecer uma rentabilidade superior à caderneta de poupança, possui a vantagem de ter a cobertura do Fundo Garantidor de Crédito (FGC).

As Letras de Crédito Imobiliário (LCI) e as Letras de Crédito do Agronegócio (LCA) com liquidez diária também são boas opções para auxiliar a criação de uma reserva de emergência. Dentre as vantagens estão a rentabilidade superior à caderneta de poupança, a isenção de tributos e a cobertura do FGC.

Para começar a investir com o objetivo de criar uma reserva de emergência, o recomendado é buscar orientações de uma corretora de valores, que prestará a assessoria e informações necessárias para a escolha das melhores aplicações.