19 de abril de 2024
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Blatter: Ação dos EUA contra a Fifa é "Revanche"

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Recém reeleito presidente da Fifa, Joseph Blatter afirmou que as prisões de dirigentes da instituição foram uma revanche de Washington contra o fato de ter perdido a Copa de 2022 para o Catar, na escolha realizada em 2011.

"Ninguém vai me tirar a ideia de que foi uma simples coincidência esse ataque americano, dois dias das eleições da Fifa", declarou em entrevista à televisão suíça RTS. "Depois tivemos reações da Uefa e de Platini", disse. "Não cheira bem".

Para Blatter, isso foi algo programado. "Eles tentaram me denegrir e usaram o momento para dizer que é tempo para que eu deixe o poder", disse, lembrando que ameaçaram boicotar. "Existe sinais que não podem ser escondidos", insistiu.

"Os americanos eram candidatos [à Copa de 2022] e perderam. Então foi a imprensa britânica e o movimento americano que surgiu. Olha, com todo respeito ao sistema judicial americano, se eles tivessem um problema com crimes financeiros ligados a cidadãos americanos ou sul-americanos, então precisam prender essas pessoas lá e não em Zurique onde temos um congresso", declarou.

"Há algo que não cheira bem", insistiu. "Isso é um caso de corrupção entre a América do Norte e a América do Sul. Agora trouxeram para a Fifa para dizer que é aqui", acusou Joseph Blatter. 

O presidente da Fifa lembrou que os EUA são os principais aliados da Jordânia, país de seu opositor nas eleições, Ali bin Hussein. Ele também criticou os comentários da Justiça dos EUA, que acusou a Fifa de corrupta. "Fiquei em choque", disse.