19 de abril de 2024
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Desafio

Brasil falha no primeiro grande desafio e liga alerta para sequência do Mundial

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No primeiro grande desafio, a queda. A partida contra a Sérvia era encarada como um termômetro. Em um grupo de rivais medianos, as vice-campeãs olímpicas eram encaradas como o principal teste da seleção na primeira fase do Mundial. A derrota seca, sem chances de reação, freou a animação com os primeiros desempenhos. Agora, o Brasil volta alguns passos e tenta se fortalecer para a sequência do campeonato no Japão.

O Brasil volta à quadra nesta quarta-feira, contra o Quênia, às 7h20 (horário de Brasília). Uma vitória garante a seleção na segunda fase do Mundial. O SporTV 2 transmite a partida ao vivo, e o GloboEsporte.com acompanha em Tempo Real.

Na partida contra as sérvias, o Brasil esteve à frente no placar apenas uma vez – ainda no primeiro set, somente por um ponto. Durante todo o jogo, foi dominado. Os números apontam as falhas. O sistema defensivo surgiu como maior problema, mas há outros.

Com bons números nas outras partidas, o poder ofensivo da seleção foi neutralizado. Foram apenas 30 ataques, número muito baixo para uma seleção que joga no contra-ataque. A Sérvia cedeu 26 pontos em erros para a seleção, 16 em saques errados. O Brasil errou apenas seis vezes, mas também pouco arriscou quando teve a bola.

O momento, é verdade, torna o passo em falso menos problemático. A seleção, porém, sabe que não pode mais errar.

  • É aquela coisa: podia (errar), mas não podia. Era um grande teste para que a gente continuasse a buscar essa evolução. Principalmente por ser uma equipe que encaixa o jogo com a gente. Era um jogo para que a gente crescesse ainda mais o nosso bloqueio, que tinha sido o diferencial. Não funcionou – disse Gabi.

Tandara saiu de quadra com apenas nove pontos. Algo pouco comum para a oposta, sempre uma referência no ataque brasileiro. A jogadora, então, pede que a equipe aprenda com as falhas para a sequência do Mundial.

  • Temos que tirar um aprendizado desse jogo para não ocorrer nos próximos. Precisamos aprender a jogar na dificuldade. Elas erraram muito (foram 16 erros de saque das sérvias). Nós erramos menos. Mas acredito que elas arriscaram muito mais que a gente. Sabíamos que seria muito difícil. Treinar, treinar e treinar. Os jogos vão vir ainda mais difíceis e precisamos estar bem de cabeça.

Na primeira fase do Mundial, as quatro melhores seleções de cada grupo avançam. Com seis pontos na chave D, o Brasil está tranquilo, a um passo da classificação. Mas, por levar a pontuação à próxima fase, José Roberto Guimarães sabe da necessidade de somar vitórias.

  • Temos que fazer o nosso dever de casa, ganhar os dois jogos para irmos para a outra fase e disputarmos com os outros quatro times a classificação. Mas, além disso, aproveitar esses dias que vamos ter para tentar melhorar e ajustar. É o que a gente precisa nesse momento – afirmou Zé Roberto.

A segunda fase também indica um caminho tranquilo na teoria. Os classificados do grupo D enfrentam os melhores times da chave A. Três têm a classificação encaminhada: Holanda, Japão e Alemanha. México, Camarões e Argentina ainda lutam para avançar no Mundial.

Na próxima fase, as seleções classificadas são divididas em dois grupos com oito times cada. Os três melhores de cada chave avançam à terceira fase. É quando o Mundial promete complicar paras principais equipes.