16 de abril de 2024
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Porto Murtinho

Comitiva faz vistoria para construção de ponte em Porto Murtinho

Representantes da Itaipu paraguaia e brasileira farão parte da visita prevista para próxima semana

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Representantes da Itaipu Binacional, geradora de energia pertencente ao Brasil e ao Paraguai, farão vistoria na próxima terça-feira, no local onde será implantada a ponte que liga a cidade sul-mato-grossense de Porto Murtinho ao distrito paraguaia de Carmelo Peralta. A estrutura será levantada sobre o Rio Paraguai e faz parte da composição da Rota Bioceânica. 

Ex-deputado e conselheiro da Itaipú, Carlos Marun, afirmou que a licitação para viabilizar a obra será realizada pelos paraguaios. “O projeto tem que avançar. Por issto, eu estarei em Porto Murtinho, representando o diretor-geral brasileiro, e receberei o diretor-geral paraguaio e uma comitiva de diretores para visitarmos o local da obra”. 

Ficou acordado entre o ex-presidente Michel Temer e o presidente do Paraguai, Mario Abdo Benítez, a construção de duas pontes. Além de Porto Murtinho, outra estrutura será levantada entre Foz do Iguaçu e a cidade paraguaia de Presidente Franco, vizinha a Ciudad del Este, passando pelo Rio Paraná. O custo total previsto para essas duas pontes é de US$ 270 milhões, pouco mais de R$ 1 bilhão, investidos ao longo dos próximos dois anos e meio a três anos, prazo também previsto para a conclusão das obras.

Pelo que foi acordado entre os dois governos e pela diretoria de Itaipu, a parte paraguaia da usina financiará a construção da ponte em Mato Grosso do Sul, e a margem brasileira entrará com recursos para a ponte em Foz do Iguaçu. Agora, os projetos devem ficar a cargo do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit).

Sobre a atuação de Marun na Itaipu Binacional, a expectativa de setores públicos e privados de Mato Grosso do Sul é de que, dessa forma, o Estado ganhe um importante aliado para evitar qualquer travamento das obras da Rota Bioceânica, corredor que unirá os oceanos Atlântico e Pacífico, e que abra um novo eixo de exportação para os países orientais, como Japão e China.