28 de março de 2024
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Segurança

Delegado não vê motivos para prender segurança que deu 'gravata' em jovem no mercado

Davi Amâncio prestou depoimento nesta quarta-feira na Delegacia de Homicídios

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O delegado Antonio Ricardo Lima Nunes, diretor da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), disse que não vê motivos para prender o segurança Davi Ricardo Moreira Amâncio, que asfixiou e estrangulou Pedro Henrique Gonzaga, de 19 anos, na filial do supermercado Extra, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, na última quinta-feira.

De acordo com Antonio Ricardo, o segurança se apresentou espontaneamente na especializada, não está coagindo testemunhas e nem destruindo provas, além de ter emprego fixo e endereço residencial conhecido. No entanto, o delegado considera que o caso poderá mudar, se o qualificador de homicídio culposo, sem intenção de matar, passar para doloso, quando há a intenção, ao final do inquérito, que espera concluir em menos de um mês.

“O dolo é intencional e a culpa é não intencional. Está se apurando se houve esta intenção, ou não. Nós vamos concluir. E no final é que se vai dizer, se foi culposo ou doloso”, diz Nunes. Os seguranças da unidade da Barra acusados de envolvimento na morte de Pedro Henrique prestaram depoimento na tarde desta quarta-feira na sede da DH. Segundo a polícia, as falas foram gravadas. David Amâncio chegou por volta de 16h30 no local.

Dinalva Oliveira, mãe da vítima, compareceu à delegacia nesta manhã para apresentar um laudo do IML que constatou uma lesão no seu braço esquerdo. Segundo depoimento, que durou cerca de 30 minutos, o ferimento foi causado por Davi Amâncio quando ela tentava impedir o estrangulamento do filho. Ela deixou a unidade policial sem falar com a imprensa. Também pela manhã, funcionários do Extra que presenciaram a ação dos seguranças prestaram depoimento na delegacia.

De acordo com o advogado da família, Marcello Ramalho, ela disse no depoimento que foi empurrada pelo segurança quando tentou separar a briga e ficou com o braço machucado. Ontem, Dinalva fez exame de corpo delito no Instituto Médico Legal (IML). "No momento que ela tenta retirá-lo de cima do filho, ele procede uma agressão contra ela, que rola no chão e lesiona o cotovelo", explicou Marcello.