28 de março de 2024
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Dólar

Dólar cai e mostra tentativa do investidor local em ignorar exterior negativo

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No último pregão antes da definição do novo presidente do país, o mercado financeiro tenta ignorar o dia massivamente negativo para as principais Bolsas mundiais. O dólar opera em queda ante o real, assim como a Bolsa brasileira, que chegou abrir em alta nesta sexta-feira (26).

Na noite dessa quinta-feira (25), pesquisa Datafolha mostrou redução de seis pontos na vantagem de Jair Bolsonaro (PSL) sobre Fernando Haddad (PT) na disputa presidencial.

Na pesquisa, o capitão reformado do Exército tem 56% dos votos válidos, enquanto o petista aparece com 44%. A rejeição a Bolsonaro voltou a subir.

Em relatório, a corretora Guide destacou a diminuição da distância entre os dois, mas avaliou que resta pouco tempo até a eleição para que ocorra uma mudança de cenário. "Viradas no segundo turno com essa distância nunca aconteceram", escreveu a empresa.

Essa percepção ajuda a reduzir perdas no mercado local.

Por volta das 11h30, o dólar recuava 0,51%, a R$ 3,6850. De uma cesta de 24 divisas emergentes, a moeda americana avançava sobre 13. O real, porém, era a moeda que mais se valorizava ante o dólar nesta sexta.

Já o Ibovespa, principal índice acionário do país, caía 0,39%, a 83.752 pontos, percentual de baixa modesto comparado às principais Bolsas mundiais.

No exterior, as perdas foram pautadas pelos resultados decepcionantes de gigantes de tecnologia americanas, como Google e Amazon. O impacto é direto sobre a Nasdaq, que reúne ações do setor de tecnologia, com queda de mais de 3% nesta manhã. Dow Jones e S&P 500 caem quase 2%, assim como as principais Bolsas europeias.

O mercado digere também nesta sexta os dados do PIB dos EUA, que cresceu a uma taxa anualizada de 3,5%, disse o Departamento de Comércio nesta sexta em sua primeira estimativa do PIB do terceiro trimestre.

Embora o resultado tenha representado uma desaceleração em relação ao ritmo de 4,2% no segundo trimestre, ainda superou o potencial de crescimento da economia, que economistas calculam em 2%.