19 de março de 2024
Campo Grande 26ºC

Arte

Ex sem-terra ganha bolsa de balé no Canadá e desbanca 100 outros concorrentes no Brasil

"Conheça Marcos Vinicius, bolsista na escola Ballet Bloch, que fica no Canadá".

A- A+

Ele enfrentou a pobreza e o preconceito para fazer o que ama: dançar balé!

O menino que nasceu e viveu no barraco de um assentamento de sem-terra em Pederneiras, no interior de São Paulo, acaba de viajar para o Canadá.

Marcos Vinicius Arantes dos Santos desbancou mais de 100 bailarinos em uma seletiva e ganhou uma bolsa para estudar balé na conceituada escola Ballet Bloch, em Vancouver.

Filho de agricultores, desde pequeno ele deu sinais de que era “diferente”, disse a mãe, Rosane Arantes, ao Fantástico, da TV Globo, neste domingo, 23.

O pai, José Carlos de Moraes, não escondeu o preconceito: “Eu nunca imaginava meu filho fazer balé. Eu imaginaria minha filha fazendo balé”.

Conversando, Marcos conseguiu apoio moral da família para realizar seu sonho.

“Cada vez que a gente apoiava… ele pegava mais força”, disse o pai.

História

Dos 8 aos 12 anos o menino ia para a escola de manhã e passava a tarde em um projeto social, onde fazia aulas de teatro.

Foi lá que ele conheceu a dança.

Há dois anos Marcos foi a uma companhia de Bauru e pediu uma bolsa para aprender balé.

O professores perceberam que o rapaz tinha talento e precisava se aprimorar.

Lá ele ganhou a bolsa de pouco mais de R$ 500 por mês e passou a treinar duro, todo dia.

Deu tão certo que Marcos já se apresentou mais de 10 vezes no Teatro Municipal de Bauru.

A bolsa

Este ano, durante um curso de dança no interior de São Paulo, ele venceu 100 bailarinos e conquistou uma vaga na renomada escola Ballet Bloch, em Vancouver, no Canadá.

“Ele tem alma. Ele diz alguma coisa como artista”, disse ao Fantástico Mônica Proença, a coreógrafa da escola que é responsável por bolsa para brasileiros.

Marcos chegou este mês no Canadá e vai ficar 6 meses por lá estudando, com a alegria de quem faz o que gosta:

“Eu só quero ser feliz naquilo que eu faço, viver e respirar isso, porque é isso que me faz sorrir”, concluiu. (Com informações do Fantástico).