25 de abril de 2024
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Greve dos professores deve paralisar aulas na UFMS a partir do dia 15 de Junho

A paralisação, até o momento está decidida por tempo indeterminado

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Os acadêmicos da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) do campus da Capital, e dos demais localizados no interior do Estado, terão as aulas interrompidas por tempo indeterminado a partir de 15 de junho devido à greve nacional dos professores. A decisão foi tomada em assembléia nesta manhã pela ADUFMS (Associação dos Docentes da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), que garantiu que a data pode ser antecipada.

Os docentes da UFMS, por intermédio da ADUFMS se reuniram nesta manhã na sede do Sindicato para organizar a paralisação da categoria conforme os movimentos nacionais. De acordo com presidente da Associação, José Carlos da Silva “a partir de hoje estamos entrando em estado de greve com assembleia permanente como atividade de mobilização e de divulgação do movimento. Como a UFMS é dividida em vários campus, agora é o momento para analisar o nível de mobilização nesses locais, que devem ganhar corpo a partir de agora.”

A pauta da negociação, segundo Silva, esta divida em quatro eixos: a reestruturação da carreira, reajuste salarial de 27,3%, o fim do corte das verbas públicas do orçamento federal para as Universidades Publicas e a definição da data base para a categoria. Silva esclarece que as negociações referem-se ao que vai entrar no Projeto de Lei Orçamentária de 2016, que tem previsão de fechamento no mês de agosto.

Como o governo federal até o momento não estabeleceu uma proposta, os professores das universidades federais do país estão estabelecendo um prazo para essas decisões. O Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior, por meio do presidente Paulo Rizzo declarou que as instituições federais de ensino superior entram em greve a partir da próxima quinta feira (28). Na UFMS a data indicada é para o dia 15 de junho.

Greve deve abranger todos os cursos e também os setores administrativos

De acordo com informações da ADUFMS, todos os cursos devem aderir à paralisação. O momento agora, segundo Silva, é mobilizar tantos os docentes como os acadêmicos, pois “o corte de 35% das verbas públicas destinadas para as universidades federais que houve neste ano, afetou diretamente a todos. Os acadêmicos estão contabilizando um grande prejuízo, tanto na qualidade do ensino quanto nas condições de ensino, pois estão sem bolsas que auxiliam na sua permanência na instituição”.

Conforme argumentado pelo presidente, “há um processo iniciado para que todos os professores apoiem o movimento, e a previsão, caso o governo federal não entre em acordo, é que as aulas sejam interrompidas pois até mesmo os técnicos administrativos irão paralisar”.

O Sista/MS (Sindicato dos Trabalhadores das Instituições Federais de Ensino do Estado de Mato Grosso do Sul) realiza na próxima quinta feira, uma assembleia para discutir a possibilidade da deflagração da greve dos técnicos administrativos da instituição.