29 de março de 2024
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Mercado de Trabalho

MS tem o maior taxa de desemprego desde 2012

Mesmo com 123 mil desempregados, MS ainda mantém saldo positivo no balanço do mercado de trabalho divulgado pelo Caged

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A taxa de desocupação em MS chega a 8,9%, no primeiro trimestre de 2017. São 123 mil desocupados em todo estado, este é o maior índice para o período desde 2012, de acordo com a PNDA (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua, divulgada nesta quinta-feira(17) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Na comparação com igual trimestre de 2016, o total de desocupados era de 7%, ou seja, 95 mil pessoas desempregadas. O que significa um aumento de 28 mil trabalhadores em busca de uma oportunidade de trabalho, em apenas um ano.

Apesar da alta taxa de desemprego, o balanço do mercado de trabalho em Mato Grosso do Sul, no acumulado de janeiro a julho de 2017, ainda mantém um saldo positivo, com geração de 2444 novas vagas no Estado, mesmo com a destruição de 1827 empregos formais ocorrida no mês de julho deste ano, segundo os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).

Esse resultado negativo no mês de julho, segundo a Coordenadoria de Economia e Estatística da Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro), foi fruto de uma retração forte no setor de serviços especificamente no subsetor de Alimentação e Alojamento. No acumulado dos últimos 12 meses resultou em 3294 vagas a menos.

Alguns setores, no entanto, não seguiram essa tendência mantendo valores positivos de geração de empregos. Foi o caso da Agropecuária, que acumula nos 12 meses 294 novas vagas de empregos geradas e do Comércio, que vem em recuperação apresentando saldo positivo nos últimos 12 meses de 183 novas vagas geradas. O setor industrial vem apresentando retração de 670 vagas, tendo como principal responsável a Construção Civil que fechou 518 vagas nos últimos 12 meses.

No acumulado de janeiro a julho de 2017, os valores positivos têm como destaque a Agropecuária, com 2223 novas vagas, Transportes e comunicação com 1096 novas vagas e Administração de Imóveis com 1088 novas vagas. “A grande diferença entre janeiro a julho de 2017 para 2016 foi a concentração da geração de emprego em determinados subsetores, enquanto que em 2016 havia uma distribuição mais uniforme das vagas”, comenta o secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar, Jaime Verruck.

Em relação a questão regional, houve uma reversão de tendência em Três Lagoas, que agora se configura como um dos municípios com os piores resultados na geração de novas vagas. Entre as cidades com geração positiva de empregos formais, os destaques são Costa Rica e Caarapó, com 648 e 636 novas vagas, respectivamente.