19 de abril de 2024
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Avenida Bandeirantes

Obras na Avenida Bandeirantes serão realizadas sem a interrupção total da via

Projeto e plano de execução foram apresentados aos moradores e empresários em reunião

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A partir desta segunda-feira (15), técnicos do Governo do Estado e da Prefeitura de Campo Grande estarão visitando moradores e empresários da Avenida Bandeirantes para apresentar o projeto de Revitalização da via, bem como o plano de execução da obra de requalificação de uma das principais vias de Campo Grande. A iniciativa foi apresentada em reunião das equipes do Governo e da Prefeitura com os representantes da via na última sexta-feira (12.4).

“Queremos deixar ao menos uma pista sempre livre, quando possível duas ou até três”, pontuou Ariel Serra, secretário-adjunto de Infraestrutura e Serviços Públicos de Campo Grande.

Marcado pela postura de diálogo com empresários e moradores, a reunião que contou com a presença de secretários Estaduais, Municipais e técnicos da Secretaria Municipal de Obras e Infraestrutura de Campo Grande deixou claro que a via que ganhará um corredor de transporte coletivo, não será interrompida por completo. “Queremos deixar ao menos uma pista sempre livre, quando possível duas ou até três”, pontuou Ariel Serra, secretário-adjunto de Infraestrutura e Serviços Públicos de Campo Grande, responsável pela apresentação dos detalhes técnicos do projeto. As obras terão início a partir da Avenida Afonso Pena sentido trevo do Imbirussu.

Representando o Governo do Estado, parceiro no empreendimento de R$ 8,1 milhões, o Secretário Especial e Chefe de Gabinete do Governador, Carlos Alberto de Assis destacou que a intenção é aproveitar tanto as experiências negativas, quantos as experiências positivas que foram adquiridas em outras vias para a revitalização da Bandeirantes. “Um exemplo é a Avenida Euler de Azevedo, revitalizada há pouco tempo pela administração estadual. Lá, todos eram contra. Debitaram contra o governo tudo o que estava errado. Mas foi uma das obras de engenharia das mais modernas do país e, hoje, a Euler é exemplo, é referência. Temos uma pesquisa de satisfação que mostra que 85% dos usuários e dos moradores da região entrevistados aprovaram a avenida, que inclusive valorizou os imóveis e o comércio, proporcionando fluidez no trânsito e reduzindo os acidentes”, destacou.

 

“Um exemplo é a Avenida Euler de Azevedo, revitalizada pela administração estadual. Lá, todos eram contra. Hoje a Euler é referência. Temos uma pesquisa de satisfação que mostra que 85% dos usuários e dos moradores da região aprovaram a avenida”, destacou Carlos Alberto de Assis, secretário especial de Governo.

“O objetivo é melhorar o transporte coletivo urbano, por isso haverá a implantação da faixa exclusiva. A cidade cresce e as mudanças precisam acontecer”, completou o secretário Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos, Rudi Fiorese: “Não é um projeto desenvolvido apenas para Campo Grande, outras cidades como São Paulo, Rio de Janeiro e Curitiba já adotaram esse sistema de faixa exclusiva”.

“É um projeto de mobilidade urbana aprovado pelo governo federal, que deve seguir algumas diretrizes”, enfatizou Rudi Fiorese.

Uma das grandes preocupações por parte dos empresários é a implantação de estações de embarque e a quantidade de vagas de estacionamento, que segundo Rudi Fioresi são diretrizes que devem ser atendidas no projeto de mobilidade urbana aprovado pelo governo federal: “As estações serão modulares e com tamanhos diferentes, atendendo a demanda de passageiros conforme o ponto específico da via. Elas ocuparão parte da terceira faixa para circulação geral de veículos, à esquerda do fluxo e à direita do corredor de ônibus, sendo interrompida nas paradas de ônibus e prosseguindo adiante. É um projeto de mobilidade urbana aprovado pelo governo federal, que deve seguir algumas diretrizes”, posicionou Rudi Fiorese.

 “Naturalmente teremos transtornos, mas essa aproximação com o governo nos permite buscar estratégias para realizar os ajustes necessários e minimizar o impacto”,  declarou Nelson Fraide, morador e comerciante da via há 40 anos.

Morador e comerciante da região há 40 anos, Nelson Fraide relatou as diversas intervenções na Bandeirantes, inclusive com a mudança de mão que geraram diversos transtornos. “Acho importante essa abertura de diálogo, porque vejo esse projeto como um projeto moderno, e naturalmente que teremos transtornos, mas com essa aproximação do governo podemos buscar estratégias para que possamos realizar os ajustes necessários e minimizar o impacto para os empresários”, disse.

Para o empresário Eliezer Melo Carvalho, instalado na avenida há mais de 10 anos a postura da administração de chamar os empresários e moradores da avenida para apresentação do projeto “é louvável”, completando que “você passa de carro, mas parece que está em uma carroça. A maioria das pessoas utiliza outras vias para não passar por aqui. Quem vem na minha loja, vem pela Norte Sul, vem pela Brilhante para evitar esse trecho”, completou.

Minimizando impacto

 Citando opções de linha de crédito como o FCO (Fundo Constitucional do Centro-Oeste) e o suporte do Sebrae, o secretário adjunto da Semagro, Ricardo Sena colocou toda estrutura da Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado à disposição dos empresários.

João Carlos Polidoro, presidente da ACICG (Associação Comercial e Industrial de Campo Grande), pontuou a revitalização da Avenida Bandeirantes é um presente para cidade e os empresários tem a opção de se preparar, seja através do FCO ou outras linhas de crédito, realizando feirões ou em parceria com o poder público investindo em plano de mídia. “Exemplos que tivemos na Júlio de Castilhos, na Zahran, na 14 de julho, muitas empresas sucumbiram ao período de obras por isso é tão importante se preparar para esse período de obras, de três, quatro meses com faturamento baixo”, colocou cobrando celeridade na execução da obra para que seja realizada de maneira séria assertiva. 

Presidente da CDL-CG (Câmara dos Dirigentes Lojistas de Campo Grande), Adelaido Vila lembrou que é fundamental que os empresários participem das reuniões  e lembrou que a instituição vai trabalhar com toda a expertise que adquiriu nas obras da Rua 14 de Julho e a Avenida Júlio de Castilho, a fim de evitar o fechamento de lojas e o desemprego. “Ninguém pode esperar a obra chegar na porta da loja para reclamar. Temos a chance de ajudar a construir uma reforma que atenda todos”, afirmou.