25 de abril de 2024
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Trad discute proposta de aumento no salário base de médicos

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O prefeito de Campo Grande, Marquinhos Trad, se reuniu na tarde desta quarta-feira (26) com o presidente do Sindicato dos Médicos de Mato Grosso do Sul, Flávio Freitas, o secretário municipal de Saúde, Marcelo Vilela, coordenadores de serviços da Secretaria Municipal de Saúde (SESAU) e diretores clínicos e médicos da Rede Municipal de Saúde, para discutir proposta de melhoria no salário base da categoria pago pelo município.

O salário base do médico da rede pública municipal é R$ 2.276,00 por 12 horas trabalhadas por semana, mais gratificações que podem praticamente dobrar este valor, além dos plantões. A proposta inicial apresentada pelo presidente do sindicato e construída através das reuniões com a SESAU prevê a incorporação do valor pago pelas gratificações o que elevaria o salário base do médico para cerca de R$ 4,5 mil.

O sindicalista argumenta que esta seria uma maneira de amenizar uma defasagem que perdura há mais de 12 anos. Outra reivindicação é quanto à mudança de letra da categoria, que coloca o médico no mesmo “patamar” de negociação com os veterinários e odontólogos.

“Essa é uma outra questão que estamos há muito tempo colocando para discussão com a gestão, porque se criar uma diferenciação entre as categorias, será possível discutirmos individualmente cada peculiaridade”, disse.

Ainda conforme o presidente do sindicato, tais medidas fará com que o município volte a atrair os profissionais que hoje estão migrando para a rede particular.

“Hoje nós temos vivenciado um fenômeno inverso do que era no passado, onde  a maioria dos profissionais buscavam ter vinculo de trabalho com a prefeitura. Nós estamos presenciando uma migração muito grande para o serviço privado e isso,  em sua maioria, é ocasionado para falta de atrativo financeiro para que ele possa trabalhar”, ponderou.

O prefeito Marquinhos Trad se comprometeu a encaminhar uma contraproposta ainda nesta quinta-feira (27) para ser colocada em apreciação pela categoria durante assembleia do sindicato dos médicos.

“Nós precisamos buscar o consenso, mas tudo deve ser feito com responsabilidade, principalmente quando se fala em recurso. A saúde é uma das maiores prioridades  da minha gestão e estamos empenhados em fazer o melhor e dar o melhor para a população campo-grandense.  Sabemos que os profissionais, principalmente os médicos, são muito importantes e precisamos valoriza-los e criar uma harmonia. A população merece ter uma saúde de qualidade e isso passa pelo atendimento de um profissional dedicado e que honra a sua profissão”, completou.

Na avaliação do secretário de saúde, Marcelo Vilela, a proposta seria viável desde que ao invés do vínculo ser de 12 horas, ele passe a ser de 20 horas por semana. Entretanto, o secretário ressaltou que é preciso encontrar um consenso que será apresentado à categoria.

“Desta forma nós conseguiríamos atender a reivindicação da categoria e também organizar as escalas garantindo o atendimento à população”, comentou.

Atualmente, a rede municipal de saúde conta com 1.098 médicos, sendo 589 concursados e 509 contratados.  Deste total, 1.082 recebem cerca de R$ 5 mil; 472,  R$ 10 mil; 273, R$ 15 mil, e 124, acima de R$ 20 mil.