24 de abril de 2024
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“Viagra Feminino” as mulheres em busca do prazer

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A agência que regulamenta alimentos e medicamentos nos Estados Unidos, a Food and Drugs Administration (FDA), aprovou, em agosto desse ano, a droga flibanserin (nome comercial Addyi), que tem o objetivo de tratar o transtorno de desejo sexual hipoativo em mulheres (TDSH). O remédio é conhecido como "viagra feminino". Esta é a primeira pílula no mercado destinada a aumentar a libido da mulher.

Sabemos que mulheres e homens são bem diferentes quando o assunto é sexualidade, elas precisam ser estimuladas mentalmente, já com os homens é praticamente automático, muitas vezes basta um olhar e já está tudo certo.  Essa diferença evidente vem fazendo com que mulheres não se satisfação, pois elas não conseguem estimulação para sexo, e os motivos são vários: filhos, estresse, trabalho, e para elas falta tempo para relaxar e pensar em atividades prazerosas.

Esse tipo de medicamento para o uso feminino vem trazendo uma série de discussões com várias opiniões, diferenciadas entre homens e mulheres, “eu não sou contra, porém não acho que as mulheres precisem tomar um remédio para se sentirem estimuladas, esse estímulo tem que acontecer por parte da convivência com seu parceiro, pois o estimular a mulher acontece a partir do momento em que ela acorda um bom dia legal, uma conversa boa, o estresse é normal, todos temos problemas, é claro que vai acontecer de um dia ela não querer, mas não acho que isso é resolvido com uso de medicamento” conta Flávia Moraes, (24), operadora de telemarkting.

“Eu considero super válido o uso do medicamento, se foi feito um estudo e não causa danos para saúde, por que não usar? A mulher também tem o direito de se satisfazer no momento do sexo, muitas vezes o seu parceiro quer e a mulher cede mesmo não estando no clima, mas sente dor e não consegue chegar ao êxtase, então acredito que o medicamento vai ajudar nesse ponto”, diz Fernanda Muller,(23), estagiária de jornalismo.

Os homens também manifestaram sua opinião sobre o medicamento “eu sou favorável ao uso do remédio, é injusto somente o homem sentir prazer no momento do sexo, sei que para nós é mais fácil isso acontecer então é válido o uso, também concordo que o casal precisa estar em sintonia na hora da relação, acho que muito carinho e saber o que ela gosta de fazer na hora H pode sim substituir produtos eróticos e medicamentos, mas se ela achar que é necessário o uso não tenho nada contra, o que importa é a satisfação do casal”, comenta Alexandre Pereira,(19), promotor d eventos.

Muitas vezes as mulheres culpam o seu parceiro para o desinteresse delas no momento do sexo, mas conforme as pesquisas realizadas, se elas diminuíssem a correria do dia a dia e se atentassem em manter uma atividade física regular, alimentação saudável e se permitirem descansar, ou seja, sair com familiares e amigos, já seria um ponto positivo para aumento da libido sexual.

Opinião da especialista:

 A ginecologista da rede Hospital Santa Joana e Maternidade Pro Matre, Maria Elisa Noriler, explica que as mulheres devem tentar manter uma vida equilibrada, observar o que acontece no dia a dia que faz com que ela perca a vontade de transar e tomar medicamentos como o "Viagra Feminino" em último caso.

“ A mulher precisa manter uma auto-estima boa, então é necessário tirar um tempo para se arrumar e se sentir bonita, o sexo para nós é uma junção de fatores", orienta Maria Elisa.  

Já o uso de medicamentos para estimular a libido não vai resolver se a mulher não tomar consciência de que o estresse é um dos primeiros pilares a ser quebrados antes de iniciar a medição. Segundo a especialista, a medicação terá uma resposta melhor se a mulher entender que existem múltiplos fatores que interferem na qualidade da sexualidade. "Não vai adiantar receber um estimulo medicamentoso, se a cabeça não para de pensar em milhões de outras coisas. É preciso se entregar e esquecer os problemas. Assim como também conversar com o parceiro e alinhar o que te dá mais prazer e se há algo para inovar ou melhorar no sexo", finaliza.