25 de abril de 2024
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Caixão usado com folhas de jornais simboliza protesto de servidores em Dourados

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Simbolizando que o serviço público está morrendo, técnicos administrativos da UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados), em greve há três meses, realizaram um ato velando a educação na manhã desta quinta-feira (27), na entrada da reitoria. Um caixão encapado como folhas de jornais, foi utilizado no ato, além de flores e cruz. Os servidores ainda bloquearam a entrada de pessoas no prédio e permanecerão no local por toda a manhã.

 

“Na verdade estamos simbolizando que o serviço público está morrendo. Nos concentramos aqui na entrada e conversamos para conscientizar as pessoas sobre as nossas reivindicações. Percebemos que o governo não está com pressa em resolver o problema e apresenta sempre a resposta de antes, pedimos 27.3% e eles oferecem 21.3% divididos em quatro anos e rejeitamos a proposta”, disse Cleiton Almeida, representante do comando de greve.

Os servidores da UFGD estão em greve desde o dia 29 de maio. Entre as reivindicações da categoria estão, o reajuste salarial de 27.3%, cálculo feito pela Dieese (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos) baseado nos últimos cinco anos, o reposicionamento dos aposentados e pensionistas na categoria, jornada de trabalho de 30 horas semanais, piso mínimo de três salários mínimos para os iniciantes na carreira entre outros.

A manifestação também faz parte do ‘Agosto Vermelho’, que ocorre a nível nacional em busca de “radicalizar” o movimento e chamar atenção do governo às reivindicações.

Sobre novas ações para os próximos dias, Almeida conta que será definido em uma assembleia que será realizada na próxima segunda-feira (31), no campus sede da universidade.

“Talvez o governo irá encaminhar alguma proposta para a categoria ainda nesta semana, com isso já agendamos uma assembleia para a segunda e vamos então discutir sobre a proposta, se tiver, ou então discutir sobre o andamento da greve e novas atividades”, contou o grevista.

Ele disse ainda que se acaso não tiver uma proposta por parte do governo, as atividades serão concentradas como ‘Setembro Roxo’.