29 de março de 2024
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Dourados

Hospital do Câncer amanhã ‘‘fechado’’ para quimioterapia

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O Hospital do Câncer paralisou os atendimentos de quimioterapia a partir desta sexta-feira (17) em Dourados. Um cartaz foi colocado na porta da unidade de saúde alertando os usuários necessitados que não receberão a medicação.

"Pacientes de quimioterapia terão seus tratamentos suspensos a partir do dia 17/04/2015 por falta de medicação devido ao atraso de repasses do Hospital Evangélico", diz o aviso na porta.

Nem os usuários agendados poderão realizar o tratamento e 25 acabaram dispensados no início desta manhã. Todos estão sendo orientados a procurar o MPE (Ministério Público Estadual) para conseguir o atendimento.

O motivo mais uma vez seria a crise entre a empresa responsável pela prestação de serviço na oncologia e o Hospital Evangélico, credenciado pelo Ministério da Saúde para receber recursos vindos do governo federal, além de planos de saúde.

De acordo com a terceirizada, não há recursos para a aquisição de medicamentos e nem estoque, principalmente o que controla náuseas de quem realiza o processo de quimioterapia. O atraso no pagamento de fornecedores chegaria a R$ 300 mil.

BRIGA ANTIGA

Em janeiro deste ano, as duas instituições travaram publicamente uma pequena "batalha" por conta do atraso do repasse do HE para a prestadora de serviço.

Na época, o Conselho Municipal de Saúde chegou a intervir e agendar uma reunião que contou com representantes dos ministérios públicos Federal e Estadual para tratar o assunto, e um processo administrativo seria aberto para acompanhar o caso.

 

Durante a semana, o Hospital Evangélico alegou que não teria recebido o repasse de R$ 912 mil do governo federal referente aos meses de fevereiro e março, e que, ao ter o crédito depositado, pagaria os enfermeiros da unidade que ameaçam greve – relembre aqui.

Porém, segundo a prefeitura, intermediária dessa verba, os valores seriam para custear a terceirização dos serviços de oncologia, nefrologia e cardiologia, feitos pelo hospital e não pagamento de seus empregados.

A administração municipal também negou a dívida de dois meses e afirmou que apenas os repasses de março ainda não teriam sido liberados pelo governo.

O Dourados News entrou em contato com a assessoria de imprensa do HE que pediu para que encaminhasse o assunto por e-mail, mas até a publicação desta matéria, não houve retorno.