28 de março de 2024
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'Terrorismo'

Em dia de eleição atentado suicida mata 31 pessoas no Paquistão

"Entre os mortos há eleitores e pelo menos três policiais"

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Pelo menos 31 pessoas morreram nesta quarta-feira e outras 20 ficaram feridas em um atentado suicida durante a passagem de uma caminhonete da polícia, perto de um colégio eleitoral na cidade de Quetta, no primeiro ataque deste dia de eleições gerais no Paquistão.

O atentado pela manhã na região de Khaliq Shaheed, em Quetta, na conflituosa província de Baluchistão, quando um "homem-bomba detonou os explosivos durante a passagem de uma caminhonete da polícia em frente a um colégio eleitoral", indicou à Agência Efe, o porta-voz da polícia de Quetta, Muhammed Ramzan.

Entre os mortos há eleitores e pelo menos três policiais, esclareceu o porta-voz.

Os principais candidatos nas eleições, Shahbaz Sharif, líder da Liga Muçulmana do Paquistão (PML-n), partido que acaba de finalizar um mandato, e o ex-jogador de críquete Imran Khan, do Pakistan Tehrik-e-Insaf (PTI), condenaram o atentado.

Khan, em mensagem em sua conta oficial do Twitter, condenou o "ataque terrorista em Quetta cometido pelos inimigos do Paquistão que buscam alterar processo democrático" e expressou seu desejo que os paquistaneses consigam "derrotar o terrorismo".

"Estou sentido pelo martírio de gente inocente, incluindo policiais no momento em que estavam exercendo seu direito democrático ao voto. As minhas mais profundas condolências às famílias enlutadas", escreveu Sharif, também usando o Twitter.

Este é o primeiro atentado de relevância em um dia de eleições no país, onde desde o início da manhã, 105 milhões de paquistaneses são sendo aguardados para depositar seus votos em um dos 85 mil colégios eleitorais habilitados.

Além disso, cerca de 800 mil soldados e policiais foram mobilizados para garantir a segurança após vários atentados durante a campanha eleitoral terem causado aproximadamente 180 mortes.

Em um dos piores ataques da história do Paquistão, pelo menos 153 pessoas morreram em um atentado suicida durante um comício eleitoral no último dia 13, também no Baluchistão, que foi reivindicado pelo grupo jihadista Estado Islâmico (EI).

É a segunda eleição na história do Paquistão onde um governo acaba um mandato e dá lugar a um novo Executivo, após ter sido governado por ditaduras militares metade dos seus 71 anos de história desde sua fundação, em 1947.