A Polícia Federal (PF) desencadeou nesta madrugada a Operação Tempo de Despertar, prendendo uma organização criminosa, composta por uma extensa rede integrada por servidores públicos, policiais civis e militares, médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, dentistas, agenciadores de seguros e outras pessoais, responsáveis por fraudes contra o Seguro Obrigatório de Danos Pessoais (DPVAT). Os golpes podem atingir R$ 28 milhões.

Cerca de 220 policiais federais de Goiás, Espírito Santo, Bahia, Brasília e Minas Gerais cumpriram, simultaneamente, 229 mandados, 41 de prisões, sete conduções coercitivas e 61 ordens de busca e apreensão, além de 12 afastamentos de cargo público, 51 sequestro de bens. A investigação é resultado de uma parceria entre a PF, Ministério Público, Corregedoria da Polícia Civil e Polícia Militar de Minas Gerais.

A operação aconteceu em Minas Gerais, Bahia e Rio de Janeiro nas cidades de Almenara, Bocaiuva, Brasília de Minas, Capelinha, Capitão Eneas, Coração de Jesus, Corinto, Cristália, Curvelo, Diamantina, Espinosa, Francisco Sá, Janaúba, Januária, Japonvar, João Pinheiro, Juiz de Fora, Lontra, Manga, Minas Novas, Mirabela, Monte Azul, Paracatu, Pirapora, Porteirinha, Ribeirão das Neves, Salinas, São Francisco, São João da Ponte, Sete Lagoas, Taiobeiras, Turmalina, Várzea da Palma, Rio de Janeiro, Guanambi e Urandi.

A PF identificou que o grupo criminoso fraudava o DPVAT de várias formas. Uma delas, entrando com ações judiciais por meio de escritórios de advocacia sem conhecimento e autorização da vítima, por meio da falsificação de assinaturas em procurações e declarações de residência falsas, ajuizando ações, de forma simultânea, em comarcas distintas, sem relação com o local da causa. Os envolvidos responderão pelos crimes de formação de quadrilha, estelionato, falsificação e uso de documentos públicos, corrupção ativa e passiva, e facilitação ou permissão de senhas de acesso restrito a terceiros.