29 de março de 2024
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Greve

Adiada para segunda-feira nova proposta para professores da Reme

Professores esperam que na segunda-feira Olarte, diferente do que fez até agora, cumpra a palavra e apresente proposta para a categoria.

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O vereador Edil Albuquerque (PMDB) gostaria de poder ficar livre da desgastante função de líder do prefeito Gilmar Olarte (PP por liminar), no entanto como não existe quem queira assumir o cargo, e o consequente desgaste, o vereador peemedebista permanece como interlocutor entre os professores e os secretários e o prefeito que se negam a cumprir a Lei 5.411 que ele mesmo aprovou.

Por mais uma vez, os professores da rede municipal de ensino ocuparam a Câmara Municipal na esperança de que aquela Casa continue atuando para que o prefeito conceda o reajuste de 13,01%.

Em greve desde o dia 25 de maio, os professores e uma comissão de vereadores foram recebidos pelos secretários André Scaff (de Planejamento, Finanças e Controle da Capital) e Wilson do Prado (da Administração e interino da Educação), sem a presença de Olarte, na tarde do dia 27, sem que nenhuma proposta fosse apresentada.

Outra reunião ocorreu na manhã de segunda-feira (1) a pedido do secretário Wilson do Prado, que acenou que seria apresentada uma nova proposta, no entanto isso não ocorreu, o que fez o professor Geraldo Gonçalves dizer da tribuna que a categoria se sentiu traída, uma vez que o prefeito representado pelo seu secretário, como homem público tratou e outra vez não cumpriu com sua palavra.

O vereador Edil manteve contato telefônico durante a sessão com os secretários e garantiu que na próxima segunda-feira (8) será apresentada uma proposta de parcelamento do reajuste salarial dos professores. Segundo o líder interino do prefeito, não há como apresentar uma proposta de imediato, uma vez que essa medida terá grande impacto financeiro.

Em razão do não cumprimento da lei por parte da prefeitura, os vereadores de oposição e o vereador Eduardo Romero decidiram não votar os projetos enviados pelo executivo para aquela Casa.

Críticas

O vereador Paulo Pedra (PDT) acredita ser um total desrespeito até com a própria população a recusa de Olarte em receber os professores, preferindo enviar secretários como representantes. Carla Stephanini (PMDB), que assumiu uma postura independente diz que há uma crise de autoridade até maior do que a crise administrativa e não entende os motivos do prefeito não cumprir a Lei que ele mesmo assinou. Thais Helena (PT) cobrou a necessidade de aprovação da Comissão Processante, e lembrou que Olarte só parou de nomear comissionados e fez algumas poucas exonerações apenas a partir da instauração da CPI do Orçamento.