29 de março de 2024
Campo Grande 23ºC

Dia Mundial sem Tabaco é marcado por atividades em postos de saúde da Capital

A- A+

Cerca de 600 pessoas participaram da ação educativa contra o tabagismo na manhã de hoje (29), no Terminal Nova Bahia, região norte da Capital. A blitz, realizada pela Sesau (Secretaria Municipal de Saúde Pública), contou com equipe multiprofissional que abordou os usuários do transporte coletivo com o intuito de mobilizar e conscientizar os campo-grandenses sobre os riscos que o tabaco oferece para a saúde. A ação é alusiva ao dia 31 de maio, quando é comemorado o Dia Mundial Sem Tabaco.

Neste ano, o Tema da Campanha é “O Comercio ilícito do Tabaco”. A intenção da Sesau é alertar a população quanto aos danos do tabagismo e fumaça passiva, procurando a conscientização da população quanto aos malefícios desse consumo para o organismo. Segundo o Ministério da Saúde, cerca de seis milhões de pessoas morrem anualmente no mundo com doenças agravadas pelo tabagismo. 

Na ação aconteceu entrega de folders educativos, orientações sobre o tabaco, aplicação do teste com monoxímetro (que verifica a quantidade de toxinas na corrente sanguínea) e encaminhamentos para o tratamento nas unidades de saúde, e ainda informações sobre os malefícios do tabaco e o comercio ilícito do cigarro pela proximidade com o Paraguai com a facilidades da entrada destes produtos através do contrabando. 

Para a Emilia Maria Garcia Barbosa, gerente técnica do Programa de Controle e Tratamento Tabagismo, o fumo é o fator de risco mais importante para o agravo de mais de 50 doenças crônicas comuns, como o câncer, doenças cardiovasculares, diabetes, doenças respiratórias além de causar impotência sexual. “É importante alertar a população sobre o mal que o tabagismo causa ao organismo e também sobre as mortes evitáveis que ocorreram devido ao uso do tabaco”, conta.

Ainda segundo Emília, muitos avanços já foram conquistados no sentido de gerar o consumo consciente do tabaco, como por exemplo, a tributação dos produtos e leis que prevêem a proibição do acesso ao tabaco por pessoas menores de 18 anos. “Temos que reforçar o trabalho na prevenção da iniciação no fumo por adolescentes e, quem sabe assim, reduzir doenças tabaco-relacionadas que aparecem na vida adulta”, finaliza.

Rosângela Carvalho, fumante há 40 anos, foi abordada pela equipe da Sesau efez o teste do monoxímentro, onde foi apontado um alto índice de toxinas no organismo. “Isso é um alerta para os sinais que o corpo já apresentava de que a saúde está sendo prejudicada pelo cigarro. O próximo passo agora é procurar tratamento”, conta. Rosângela saiu da ação com encaminhamento para tratamento no CEM (Centro de Especialidades Médicas). 

Já Sueli Teves, fumante há 33 anos, conta que já tentou parar de fumar sem tratamento e acompanhamento médico, mas não conseguiu dar prosseguimento. “Acabei de fazer o teste e o resultado foi alto, agora vou buscar ajuda profissional para me livrar de uma vez por todas desse vício”, contou Sueli.

Segundo o Ministério da Saúde, apenas 5% das pessoas que dão início ao tratamento realmente param de fumar. Em 2014 foram atendidos 870 pessoas na rede pública de saúde pelo Programa de Controle e Tratamento Tabagismo. “Dessas, a maioria não dá continuidade ao atendimento, mas o paciente pode retomar o tratamento quantas vezes quiser”, explica Emília.