No Brasil a população consome menos cultura do que deveria, e não é por falta de vontade. O preço médio do livro de leitura é muito elevado quando comparado com a renda do brasileiro nas classes C/D/E e muitos municípios não têm biblioteca. Os ingressos de teatro, cinema e museus quase sempre são inacessíveis para quem vive com um salário mínimo.

Em Campo Grande o cenário não é muito diferente. Existem poucas opções gratuitas de acesso a cultura e a população que não tem condições de freqüentar eventos pagos reclama: "Acho que já faz mais de quatro anos que eu não vejo uma peça de teatro, é caro demais e se tem de graça a gente mal fica sabendo". Afirma a balconista Elizangela Brenner de 42 anos.

O único teatro municipal da capital, Teatro José Octávio Guizzo, ou Teatro do Paço, localizado na avenida Afonso Pena, ao lado do Paço Municipal, tem servido como quebra-galho para ações pontuais da Prefeitura, mas há 24 anos está de portas fechadas para a cultura.

De acordo com a assessoria de imprensa da FUNDAC (Fundação Municipal de Cultura) a agenda de todos os eventos que iram ocorrer no mês vigente é divulgada e atualizada no site da fundação e a população pode ter acesso a agenda de abril no endereço: www.pmcg.ms.gov.br/fundac, porém não informaram sobre o andamento de reforma e reabertura do Teatro do Paço.