25 de abril de 2024
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Revitalização

Prefeitura da Capital atualiza planilha para iniciar obras do Anhanduí

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A Prefeitura de Campo Grande planeja licitar e iniciar até junho os três primeiros lotes das obras de recomposição das margens e controle de enchentes no Rio Anhanduí. Será preciso investir R$ 57,7 milhões, incluindo uma contrapartida de R$ 15 milhões do município.

Em 2014, quando chegou a ser lançada a segunda licitação (a primeira, de 2012, foi cancelada), calculou-se que seria preciso R$ 68 milhões para executar o projeto até o final da  Avenida Ernesto Geisel, no Aero Rancho, com R$ 28 milhões de contrapartida. Com a atualização das planilhas, além de alguns ajustes do projeto,  o recurso assegurado por um convênio firmado em 2012  com o Ministério das Cidades (R$ 42,7 milhões em valores corrigidos), será suficiente apenas para executar o projeto entre as ruas Santa Adélia e do Aquário, dentro da capacidade atual da prefeitura, para desembolso de contrapartida.

O trecho previsto se estende por 4,3 quilômetros, no qual a erosão coloca em risco as pistas marginais da Norte/Sul a Avenida Ernesto Geisel. Este novo orçamento,  submetido  à superintendência regional da Caixa Econômica, inclui obras de drenagem, recomposição dos taludes e sistema gabião de canalização, além do recapeamento da Avenida Ernesto Geisel.

Também será encaminhado o pedido de renovação do convênio que venceria no final de abril. “O prefeito esteve em Brasília com o ministro das Cidades tratando desta questão e há boas chances de conseguirmos esta renovação, com o compromisso de até junho iniciar as obras”, explica o secretário de Infraestrutura e Serviços Públicos, Rudi Fiorese. 

Havia uma expectativa inicial de executar o quarto lote das obras, entre a Rua Aquarius e a Avenida Manoel da Costa Lima,  mas de imediato, conforme o secretário, a prefeitura não teria, no curto prazo, condições de arcar com a contrapartida, que  oscilaria entre R$ 25 e R$ 30 milhões.

Desta forma, optou-se por um trecho menor, da Santa Adélia até a Rua Aquarius, para evitar o risco de perda dos recursos que estão disponíveis desde 2012.  Além disso, uma decisão da Justiça obriga a prefeitura iniciar ou pelo menos licitar parte das  obras projetadas para recompor as margens do Anhandui, além de evitar seu transbordamento em alguns trechos.

Projeto antigo

O projeto de revitalização do Anhanduí é de 2011 e teve duas licitações e uma ordem de serviço assinadas em 2012. Faz parte de um conjunto de ações para controle de enchentes nos bairros Marcos Roberto,  Jockey Clube ,  Jardim Paulista e Vila Progresso.  Foram  investidos R$  26 milhões em rede de drenagem e  intervenções em afluentes do rio (os córregos Cabaça e o Areias) que despejam suas águas no Anhandui.

O projeto também prevê construção de muros laterais, com placas de concreto e sistema gabião, que permitirá a drenagem e a urbanização com grama, no trecho entre a rua Santa Adélia e a avenida Manoel da Costa Lima. As obras chegaram a ser lançadas em 2012, mas foram suspensas pela gestão seguinte, que refez o projeto, mas não conseguiu levar adiante a nova licitação. Em 2014, também fracassou a segunda tentativa de licitação.