25 de abril de 2024
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Kauan Andrade

Polícia apreende adolescente que teria participado de abuso e morte de menino de 9 anos

elegada diz que suspeito confessou participação no crime, ajudando a ocultar cadáver. Polícia continua buscas pelo corpo da criança em Campo Grande

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A polícia cumpriu na manhã deste domingo (23), em Campo Grande, o mandado de internação expedido contra um adolescente de 14 anos, que afirmou ter participado juntamente com um homem da morte de Kauan Andrade Soares do Santos, de nove anos. Ao G1, a delegada Aline Sinott, titular da Delegacia Especializada de Atendimento à Infância e Juventude (Deaij), afirmou que o rapaz foi apreendido e já está na Unidade Educacional de Internação (Unei) Dom Bosco.

Até o momento, de acordo com a delegada, a investigação aponta que o adolescente estava no local do crime. "Ainda não se sabe até onde ele participou, porém a suspeita é que ele ajudou a ocultar o corpo. Já o maior possivelmente realizou os abusos e executou a vítima. Vamos aguardar os laudos periciais e o depoimento do adulto, que ocorrerá nos próximos dias", explicou a delegada.

Durante declarações, o adolescente narrou a brutalidade do crime, que chocou os policiais que atuam na investigação. Conforme Sinotti, a vítima sofreu hemorragias e desmaiou. Foi neste momento em que os envolvidos programaram o descarte do corpo no Rio Anhanduí, altura da avenida Thirson de Almeida.

Buscas

Bombeiros fizeram buscas no rio Anhanduí, em Campo Grande, na sexta-feira (21) e no sábado (22), depois de colher depoimento do suspeito de ter abusado e matado o garoto. Um saco preto com cabelo foi encontrado durante as buscas. O material será periciado e as buscas no rio vão continuar, segundo a polícia.

Entenda o caso

Kauan desapareceu após sair para brincar no dia 25 de junho. Desde então, a família procura por ele em várias regiões da cidade. Segundo a tia, a família recebeu várias informações sobre possíveis localizações do menino, mas, nenhuma se concretizou. O homem preso vai responder pelos crimes de homicídio, ocultação de cadáver, estupro de vulnerável e exploração sexual.

De acordo com a polícia, o suspeito teria feito, pelo menos, outras duas vítimas. A polícia encontrou material pornográfico e indícios de homicídio na casa do suspeito preso.

Em entrevista recente, a família diz que não tem mais esperanças de encontrar o garoto vivo. O caso também é investigado pela Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca). O suspeito de 38 anos permanece preso na Delegacia Especializada de Repressão à Roubos e Furtos (Derf). Ele nega o crime, mas, segundo a investigação, ele levava as crianças para casa oferecendo dinheiro em troca de abuso sexual.

"Infelizmente, os indícios são fortes de que realmente houve um homciídio e que essa criança faleceu no interior da casa [...] Esse cidadão, que agora encontra-se preso, tinha costume de abordar crianças e atrair para a casa dele, onde ali corrompia essas crianças", comentou o delegado Paulo Sérgio Lauretto, responsável pelas investigações.

A perícia esteve na casa do suspeito preso e encontrou vestígios de homicídio e materiais pornográficos envolvendo crianças e adolescentes.