25 de abril de 2024
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BARBÁRIE

Traficantes deram corpos de oito jovens aos porcos após sequestrá-los, aponta investigação

Até os ossos das vítimas forma consumidos por porcos selvagens

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Enquanto a fronteira sucumbi a criminalidade em Mato Grosso do Sul, no Rio de Janeiro o cenário não é muito diferente. Investigação do desaparecimento de oito jovens na Favela Cinco Bocas em Brás de Pina, no Rio de Janeiro, no final de maio desse ano, concluiu que as vítimas foram assassinadas por traficantes e que seus corpos foram jogados aos porcos. 

Segundo conclusão do inquérito, das 22ª Delegacia de Polícia, da Penha, os jovens foram executados por traficantes do grupo criminoso que domina as favelas do Vigário Geral, Pica-pau, Cidade Alta e Parada de Lucas. 

Conforme o documento, o bando queria dominar a Cinco Bocas. Foi decretada a prisão de 11 traficantes, assinada pelo juiz Alexandre Abrahão Dias Teixeira, das 3ª Vara Criminal. 

As vítimas executadas foram: Matheus Silva das Neves, Alexandre Gomes Correia, Rafael Magalhães Celestino, Thiago Moreira Sbano, Adalberto Bispo Pereira Neto, Darlan Gonçalves, Rafael Magalhães e Victor Hugo de Queiroz Surcin.

Segundo testemunho à Polícia, os jovens foram picotados e jogados a porcos selvagens que são criados aos arredores do morro Parada de Lucas.  

Segundo a denúncia do Ministério Público contra os traficantes, os cadáveres não foram localizados porque “foram descartados e dados a porcos para serem comidos”, os bichos comem até os ossos, concluiu as investigações. 

Familiares disseram aos investigadores que os jovens foram raptados, alguns arrancados de casa. “Diziam ser da polícia e que se não abrissem a porta lançariam uma granada dentro da residência”, disse a testemunha à polícia. Diante da ameaça, a porta foi aberta.

Os criminosos “diziam que estavam procurando por vagabundos” e quando viram o jovem, que estava com o filho no colo, um dos criminosos afirmou: “Esse aqui é envolvido”. A vítima então foi levada a coronhadas. Sua família nunca mais o viu. Testemunhas contam que cerca de 50 homens invadiram a favela naquela madrugada. Todas as vítimas foram torturadas, espancadas e executadas em seguida.

Um dos criminosos que responde pelos crimes é o chefe do tráfico da Cidade Alta, Álvaro Malaquias Santa Rosa, o Peixão. Ele é apontado pela polícia como o responsável por ordenar ataques a terreiros de umbanda e candomblé na Zona Norte do Rio e na Baixada Fluminense. Peixão também instituiu a cobrança de um “IPTU do crime” na Cidade Alta.

Há dois anos, moradores têm que pagar mensalidade de até R$ 10 para o tráfico. Peixão está foragido. O Disque-Denúncia oferece R$ 2 mil por informações que levem à sua captura.

Fonte: *Agência O Globo.