20 de abril de 2024
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A espera de uma janela, Marquinhos pavimenta caminho para concorrer à prefeitura em 2016

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A sanção da criação de uma janela que  garante a candidatos que já exercem mandatos de deputados ou vereadores a mudança de partido sem perda do mandato, está sendo aguardada com entusiasmo por Marquinhos Trad (PMDB), um dos pretensos  nomes, na Capital, para concorrer à indicação de seu nome para pleitear à Prefeitura Municipal de Campo Grande em 2016.  

Desafeto declarado do PMDB, Marquinhos Trad disse hoje (3) ao MS Noticias que dois partidos estão sendo analisados por ele para oficializar a migração de legenda. Em declarações anteriores à imprensa, o deputado já havia mencionado o PSD, que está sob o comando de seu irmão e ex-deputado federa Fábio Trad, como um possível rumo político.

Porém o representante do clã Trad não descarta um alinhamento com o PSDB ou PTB, partido assumido recentemente pelo irmão Nelsinho Trad. “Vou aguardar com calma”, disse o deputado com relação aprovação da proposta acrescentando que “algumas siglas partidárias cujo conteúdo programático me aproxima delas”, despistou.

Em pesquisa recente, divulgada pela Vale Consultoria e Assessoria, Marquinhos aparece dividindo voto do eleitorado da Capital com o ex-governador André Puccinelli (PMDB) e Alcides Bernal (PP). Na pesquisa espontânea, Puccinelli aparece com 12,75%, seguido por Bernal (8,50%) e Marquinhos (7,50%), respectivamente.

Nome certo para engrossar o PSDB, o deputado estadual Beto Pereira (PDT) também pode ser contemplado com a oportunidade de concorrer a prefeitura da Capital, caso migre de partido. Nesse caso, Marquinhos descartaria sua ida para o ninho tucano. "O Beto Pereira vai engrandecer o PSDB, hoje ele é o vice- líder do governo [na Assembleia Legislativa] isso acaba consolidando ainda mais o vínculo com o PSDB”, afirma o líder do governo na Assembleia, Rinaldo Modesto (PSDB).

O projeto de Lei 75/2015, aprovado na noite de ontem (2) pelos senadores concede prazo de 30 dias para os interessados formalizarem a troca de partido. A janela será aberta um mês antes do fim do período de filiação partidária, ou 13 meses antes das eleições. Apesar da matéria cair no gosto de uns alguns deputados, outros legisladores como Pedro Kemp (PT) e Barbosinha (PSB) divergem da medida. “A ideologia partidária acaba”, observa Barbosinha.

Para Pedro Kemp, a proposta “descaracteriza o sistema partidário”. No  Brasil nós sempre tivemos essa pratica  de mudança de partido, as pessoas mudam muito por conveniência. Acho que o mandato é do partido, e não da pessoa”, enfatizou.

De acordo com a regras atuais, políticos só podem mudar de legenda partidária sem  perder o mandato se forem para uma legenda recém-criada- exceto no caso de eleições  majoritárias, como senadores e prefeitos. O objetivo da emenda aprovada na proposta que integra a Reforma Política é evitar que sejam criados partidos políticos apenas para abrigar parlamentares.