29 de março de 2024
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Disputa

Almi espera que Amarildo tenha bom senso e desista da 2ª secretaria

Se Amaridlo insistir em romper acordo de 2014, decisão será levada a executiva do PT, diz Almi

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A disputa forçada entre deputados estaduais do PT pela 2ª secretaria da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa denota detalhes do racha no Partido dos Trabalhadores de Mato Grosso do Sul e pode se tornar estopim para mais uma crise interna.

O deputado Amarildo Cruz resolveu na última hora se lançar candidato ao posto de 2º secretário quebrando um acordo de cavalheiros que havia sido firmado ainda em 2104 entre a bancada do PT.

Cabo Almi, deputado mais velho da bancada, que teve maior número de votos nas eleições 2014, conta que no final de 2014 quando o PT começou a conversar com Mochi sobre a composição de chapa consensual, foi firmado acordo para que se Mochi se elegesse presidente, o PT manteria 2º secretaria, hoje ocupada por Pedro Kemp.

Além de fechar com Mochi, Kemp com conhecimento e consentimento de todos da bancada, segundo Almi, por questões regimentais e naturais, garantiu ao deputado que ele seria seu substituto. "Já estava certo, que eu seria o segundo secretário caso Mochi fosse presidente acontece que no meio das negociações surgiu a hipótese do PT ficar com 1ª e 2ª secretaria, daí poderia ser indicado eu e o Amarildo, mas o Kemp deixou claro que não dando certo, eu seria indicado para 2ª, mas em uma reunião na terça-feira passada o Amarildo decidiu colocar o nome dele à disposição", explica.

E foi aí que a confusão começou e a crise se agravou. Com Amarildo na disputa, Pedro Kemp declarou voto para Cabo Almi, por questões naturais seguidas pelos partidos como tempo de Casa, idade, e desempenho eleitoral. No entanto, o calouro João Grandão declarou voto a Amarildo, por questões pessoais, e agora Amarildo não abre mão de disputa. "Eu vejo assim, havia um acordo, o Amarildo chegou depois e está querendo sentar na janela, se ele não mudar de ideia, a decisão vai para executiva, e aí eles terão que seguir os critérios de desempate, o que daria a secretaria para mim, mas se por acaso resolverem que deve ser o Amarildo vou acatar", diz Almi.

Almi conta que tem tentado dissuadir Amarildo da ideia e chegou a oferecer a ele o posto de segundo secretário na próxima legislatura caso Mochi seja reeleito presidente, o que estreita os laços entre PT e PMDB no Legislativo. "Eu já me comprometi com ele que na próxima legislatura ele será o segundo secretário, mas mesmo assim ele não quer, ele quer assumir agora."