23 de abril de 2024
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Reinaldo Azambuja

Aprovação expressiva é pilar central da governança para Azambuja

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Para os meios políticos que repercutem os números da pesquisa Ipems/Correio do Estado sobre a avaliação do governo de Reinaldo Azambuja (PSDB), os elevados índices de aprovação servem de sustento maior para os próximos passos políticos e administrativo do tucano. Na Assembleia Legislativa, na Assomasul (Associação dos Municípios), Câmaras Municipais e entidades civis, como a Federação das Indústrias (Fiems), a amostragem divulgada no início da semana tornou-se um dos principais assuntos de consumo.

De acordo com a pesquisa – feita com dois mil entrevistados de 27 de março a quatro de abril em 40 municípios de todas as mesorregiões sul-mato-grossenses – a administração de Azambuja é aprovada por 70,97% dos eleitores. Esse número equivale a mais de 1,33 milhão de pessoas maiores de 16 anos, levando em conta as estatísticas atualizadas do Tribunal Regional Eleitoral, que aponta a existência de 1 milhão 880,7 mil votantes.

Os quase 71% de aprovação apurados pelo Ipems resultam da soma das avaliações ótima (05,07%), boa (32,24%) e regular-aprova (33,65%). Se a conta for feita com base nos votos sufragados em 2014, os índices do Ipems realçam ainda mais a aprovação de Azambuja. Naquele ano, o comparecimento de eleitores foi de 1.397.180 pessoas e os votos válidos somaram 1.339.977. A margem de erro da pesquisa é de 2.19% para mais ou para menos e o índice de confiança 95%.

 

ESTRATÉGIA – Para alcançar a maiúscula aprovação levantada na pesquisa, o governo de Azambuja se apoiou em três fatores estratégicos: a austeridade, o foco nos setores que escolheu para atacar e a política de valorização gradual dos serviços e servidores públicos, além, evidentemente, do reforço extra que ganhou no terreno político, quando as legendas de sua base de sustentação elegeram mais de 60% dos prefeitos em 2014, 37 deles filiados ao PSDB.

O perfil pessoal do governador também contribui bastante no que diz respeito à responsabilidade e à franqueza com que assume ou não as demandas que recebe. O presidente da Associação dos Municípios e prefeito de Bataguassu, Pedro Arlei Caravina (PSDB), repete sempre que Azambuja “não enrola” e diz sim ou não quando define um entendimento. Até por causa disso o governador se expõe às críticas, mas não hesita em decidir mesmo se determinadas intervenções escapam às expectativas imediatistas da plateia.

Algumas medidas pontuas têm rendido pontos significativos na escala de valores atribuídos à performance governamental do tucano. A Caravana da Saúde e a retomada de obras interrompidas, por exemplo. Soube também estabelecer um eficiente canal de articulação com segmentos classistas, especialmente dos setores produtivos, e manteve a base central de sustentação política.

E foi trabalhando na perspectiva de avanços graduais, na perseverança e na franciscana paciência que Reinaldo Azambuja atravessou dois anos de conjuntura recessiva no País, com queda de receita e inibição de investimentos. Ainda assim, seu governo garante salários em dia ao funcionalismo, com médias salariais entre as mais altas do Brasil, e em dois anos de gestão viu Mato Grosso do Sul perfilar entre os estados com os melhores desempenhos na geração de empregos formais (com carteiras assinadas).