Para resolver de imediato a falta do reagente químico que permite a realização de testes de DNA, no Imol (Instituto Médico e Odontológico Legal), o governo do estado de Mato Grosso do Sul iniciará uma permuta com estados vizinhos que já têm o produto, até que o processo de importação seja concluído.

De acordo com o secretário de Justiça e Segurança Pública, Sílvio Cesar Maluf, a demora para que o reagente chegue até o estado é em função de o material ser importado e ter um alto valor.

O secretário informou que os reagentes já foram comprados pelo governo do estado  e aguardam a pós-liberação da alfândega. “Não contávamos com o fato de haver pouco estoque e demora na liberação para importação, mas o pedido foi feito dentro do prazo”, disse Maluf, durante a solenidade de entrega de comendas na sede do Corpo de Bombeiros, ocorrida hoje (2), na Capital.

Materialidade

O reagente químico está em falta no Imol desde o início do ano. A falta do produto está dificultando o trabalho da Polícia Civil em comprovar materialidade de crimes, como estupros. 

De janeiro a abril, de 2015 foram registrados na Delegacia da Mulher 110 casos de estupro. Cinco dos envolvidos foram presos. Segundo a polícia, o restante teria sido liberado por falta de comprovação. Já em 2014, houve registro de 111 casos, desses, apenas três pessoas foram detidas.

Reestruturação  

Quanto ao espaço físico do Imol, o secretário disse que os órgãos de perícia serão reestruturados. “Será criada uma comissão para discutir uma reformulação do Imol. A Polícia Civil também fará um reexame de toda a sua legislação para discutira questões referentes ao IMOL. Essa  reestruturação é uma deficiência que o estado tem e precisa ser corrigido”, pontuou.