18 de abril de 2024
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EM FAMÍLIA

Bolsonaro voltará a negociar com Senado para conseguir cargo ao filho

Em evento nessa manhã Bolsonaro afirmou que o filho é a pessoa adequada ao cargo

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EDITORIAL - Para passar o filho Eduardo Bolsonaro, Jair Bolsonaro (PSL) terá que recorrer ao Senado Federal, nos moldes das negociatas que estão sendo feitas no governo bolsonarista. O evento é a indicação do ‘pupilo’ para assumir o cargo de Embaixador nos Estados Unidos, e ficar ao lado dos já colegas JR e Eric, filhos de Donald Trump, o qual o pai [Jair] do indicado é fã, ‘o número 1’. 

Nessa segunda-feira (15), o presidente do Brasil deixou claro o seu desejo de passar o cargo ao filho, chegou a pontuar: “Por vezes, temos tomado decisões que não agradam a todos, como a possibilidade de indicar para a embaixada um filho meu, tão criticada pela mídia. Se está sendo tão criticado, é sinal de que é a pessoa adequada”, afirmou, em sessão solene no plenário da Câmara dos Deputados em homenagem ao aniversário do Comando de Operações Especiais do Exército Brasileiro.

Dada a declaração, no Senado já começa o burburinho para detalhar quem ‘ganha’ com a facilitação da indicação do homem cujo as habilidades técnicas vão de filho do presidente até alguém que já tenha ‘vendido hambúrgueres’ em solo americano.  

Em discurso hoje, o chefe do executivo federal, ressaltou que cuidará dos trâmites na Casa para passar o filho, e de modo, nada metafórico atacou a comissão dos direitos humanos, dizendo que irá privar pelo o que ele classificou como sendo “direitos familiares”, clara referência a sua família, já quem em um país multicultural e de uma pluralidade imensa como o Brasil, não se pode haver apenas um molde a ser seguido, no quesito direito, ou então estaremos em ditadura dos direitos da ‘família tradicional’, esta que deve ter sim seus direitos, mas não apenas esses devem ser defendidos pelo Estado, já que isso também é garantido pelo livro legislativo de mais alto respeito no país, a Constituição Federal de 1988.   

Ainda em seu discurso, no evento nessa manhã, Bolsonaro relacionou o Brasil a um paciente em tratamento de quimioterapia, para o presidente, todos estão nessa “quimioterapia”, alguns reagem mais serão convencidos pelo povo, senadores e deputados.