29 de março de 2024
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Com 40 dias de paralisação, impasse entre professores e prefeitura continua

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Em reunião ocorrida hoje (3), na Secretaria Municipal de Educação (Semed), com o secretário Municipal de Administração, Wilson do Prado, os professores da Rede Municipal de Educação (Reme) decidiram permanecer em greve até que o prefeito de Campo Grande, Gilmar Olarte (PP) cumpra a Lei Municipal 5. 411/2014 que prevê o reajuste de 13,01% referente à integralização do piso salarial de 20 horas, para a categoria. Conforme o presidente da ACP, professor Geraldo Gonçalves, hoje o movimento grevista completa 40 dias.  

Durante a conversa que ocorreu no auditório da Semed, o secretário não estabeleceu data para uma negociação final e voltou a dizer que o Executivo precisa efetuar o enxugamento da máquina para cumprir a lei. “Iniciei algumas adequações, já está sendo reduzida a folha da Semed para fazer uma proposta que a categoria possa aceitar. Queremos criar um canal de dialogo para fazer o reajuste da educação”, disse.

Segundo o secretário, as adequações incluem a suspensão de projetos educacionais que integram a grade escolar como o “Mais Educação”, “Escola Viva” “Sala de Tecnologia”, dentre outros. “Na área da educação não basta só o professor em sala de aula para contribuir para o ensino existem outros projetos  que acompanham a escola e que precisam continuar”, disse o presidente da ACP, Geraldo Gonçalves.

Boicote  

Os vereadores Luiza Ribeiro (PRB) e Paulo Pedra (PDT) também estiveram presentes na reunião e avisaram ao secretário que a oposição fará um movimento na Câmara Municipal em prol da causa dos professores para que eles voltem para sala de aula com o reajuste salarial efetivado. “A oposição irá bloquear a votação de projetos de Lei do Executivo, indicando para o prefeito que ele está errado em enfrentar a situação dessa maneira. A saúde financeira da Prefeitura suporta sim o cumprimento do piso e o corte de pessoal deve começar pelos cargos comissionados”, disse Luiza Ribeiro. Segundo Pedra, “o prefeito está politizando a greve e ele tem de dar o reajuste de 13,01% para a categoria”, resumiu.

Assembleia

Segundo o presidente da ACP, hoje a tarde os professores se reunirão na ACP com o advogado do sindicato, Ronald Franco para saber sobre o andamento das ações que estão sendo movidas contra a prefeitura: crime de responsabilidade e improbabilidade administrativa.  

Conforme o professor,  logo mais às 14h, os professores se reunirão com o advogado do sindicato Ronaldo Franco, na sede da ACP para saber sobre o resultado da audiência ocorrida ontem (2) entre o procurador de Justiça Paulo Passos e o secretário Wilson do Prado. “Nós queremos voltar para a sala de aula. O nosso movimento não é uma questão política, apenas queremos que se cumpra a lei. Todos perdem”, disse Geraldo Gonçalves. As representações contra o prefeito da Capital Gilmar Olarte  foram protocoladas no dia 30 de junho, no Ministério Público Estadual.