20 de abril de 2024
Campo Grande 19ºC

Eleições 2018

Com Haddad nos calcanhares, Bolsonaro tenta estilo "paz e amor"

A- A+

A pesquisa do Ibope sobre intenções de votos para presidente da Republica divulgada na noite de segunda-feira, 24, provocou um remelexo até agora sem precedentes na disputa. Diante dos números que não vinham sendo muito favoráveis para si desde o fim da semana anterior,o presidenciável do PSL, Jair Bolsonaro, passou a adotar uma nova estratégia - quer mudar de imagem, saindo da figura carrancuda e antipática para um "jeitinho paz e amor" de ser.

Explica-se a razão: Bolsonaro, que desde a retirada do petista Lula da disputa dominava absoluto as consultas de intenções de voto, passou a ser ameaçado pelo "herdeiro" do ex-presidente. O ex-ministro da Educação e ex-prefeito paulistano Fernando Haddad começou com minguados 3% e uma semana depois de anunciada sua candidatura alcançava os dois dígitos, na casa dos 12% 

Agora, na pesquisa com 2.506 eleitores feita entre sábado e domingo (22 e 23), registrada na Justiça Eleitoral, o Ibope revela que no primeiro turno e a duas semanas da eleição,  Haddad já cola em Bolsonaro: tem 22% contra 28% do capitão reformado e deputado federal. Em relação aos resultados anteriores - divulgados na terça-feira, 18 -, Bolsonaro estacionou-nos 28% enquanto Haddad saiu de 19% para 22%. E mais: numa simulação de segundo turno entre ambos, o petista já aparece como primeiro colocado, com 43% contra 37% do adversário.

Outros cenários nada estimulantes para Bolsonaro são as demais simulações de segundo turno e os índices de rejeição. Num segundo turno contra Ciro Gomes (PDT), o placar seria desfavorável a Bolsonaro por 46% a 35%. Contra Geraldo Alckmin (PSDB), mais um revés: 41% a 36%. Dos concorrentes mais próximos Bolsonaro somente não estaria perdendo para Marina Silva (Rede) - o Ibope apurou que num eventual segundo turno ambos estariam empatados com 39%.

Com base nos resultados obtidos desde 20 de agosto e na escalada de rejeição - quando o eleitor diz em qual candidato não votaria de jeito nenhum -, Bolsonaro, que tinha 37%, continua como o mais citado e sua taxa subiu nove pontos, indo para 46%.O segundo com a maior rejeição é Haddad: tinha 16% em agosto e subiu para 30% agora. Marina saiu de 23% para 25%; Geraldo Alckmin (MDB) recuou de 25% para 20% e Ciro Gomes de 21% para 18%.

Contratada pela TV Globo e jornal "O Estado de São Paulo", o nível de confiança da pesquisa é de 95%. Isso quer dizer que há uma probabilidade de 95% de os resultados retratarem a realidade, considerando a margem de erro, que é de 2 pontos, para mais ou para menos.