19 de abril de 2024
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Administração

Conjuntura dá a Marquinhos peso político diferenciado em MS

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Na maioria dos municípios brasileiros, grandes e pequenos, o final deste ano tem sido de incertezas, agonia e até de desespero, decorrentes do quadro caótico das finanças publicas e da queda brutal de consumo castigando o comércio. Num período em que a maior expectativa social de 100% da população está no aporte extra de recursos salariais do mês de novembro e do 13º, Campo Grande consegue respirar fora do contexto mais perverso da crise e fechar o exercício como honrosa exceção nesta regra de falência gerencial e desalento popular.

A administração do prefeito Marquinhos Trad (PSD) não sucumbiu ao desgoverno que o precedeu. Mesmo herdando uma Prefeitura endividada e acumulada de pendências que a tornariam ingovernável em curto prazo, logrou surpreendente êxito no planejamento estratégico para atacar os problemas mais imediatos, entre os quais a recuperação urbana, a retomada de investimentos e a valorização dos servidores e do serviço públicos, com medidas para assegurar gradualmente os itens de dignidade até hoje não-atendidos.

A política publica de ajuste financeiro priorizou a regularização da folha de pagamento dos servidores. Quando assumiu, em 1º de janeiro deste ano, Marquinhos encontrou em atraso o 13º salário do mês anterior e já pressionado pela folha dezembro, a vencer no quinto dia útil após sua posse.

Nesta quarta-feira, 13 de dezembro, antes de completar seu primeiro ano de mandato, o prefeito paga o 13º salário do funcionalismo uma semana antes do último dia do prazo oficial para esse repasse. E vai fechar o exercício em dia com a planilha de pagamentos do servidor. Ao todo, 15 folhas, somados os 12 meses e o 13º salário de sua gestão mais dezembro e o 13º salário que deveria ter sido pago ?ela dupla Alcides Bernal (prefeito) e Gilmar Olarte (vice).

 

CENA FAVORÁVEL – Se o cumprimento de responsabilidades emblemáticas como o equilíbrio das finanças publicas reveste seu desempenho de vistosa referência gerencial, Marquinhos pontua mais alto ainda numa circunstância das mais favoráveis. Vai entrar em 2018 com suportes fundamentais nesta fase de estreante como executivo em sua trajetória na vida publica.

Um dos suportes é o apoio do governador Reinaldo Azambuja (PSDB) às ações que considera pontuais para Campo Grande. O outro é a combinação fraterna que vem alçar dois de seus irmãos a planos destacados da política regional. O advogado Fábio Trad, que ficou na primeira suplência quanto tentava se reeleger deputado federal em 2014, assume a vaga do peemedebista Carlos Marun, nomeado secretário-geral de Articulação Política do presidente Michel Temmer.

Seu outro irmão, o ex-prefeito Nelsinho Trad (PTB), é pré-candidato ao Senado e goza de sólida preferência nas intenções de voto apuradas por diferentes pesquisas. Nelsinho, que é também um nome relacionado entre as alternativas para a disputa sucessória, pode fazer da eleição mais um fator de otimização da força política do prefeito. E é dentro desse contexto que Marquinhos Trad vem somando cenas favoráveis por seus méritos e até pelas diversas construções políticas. Não há mais dúvidas que já se consolidou como grande e decisivo diferencial na montagem do tabuleiro político e eleitoral a ser montado para 2018.