19 de abril de 2024
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Defesa aponta 'revanchismo' no processo de impeachment

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A defesa de Dilma Rousseff volta a se manifesta hoje (03), na comissão especial que analisa o processo de impeachment. Para falar a favor da presidente, foram convocados o professor de direito processual penal da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Geraldo Prado, o diretor da Faculdade de Direito da Universidade do Estado do Rio de Janeior, Ricardo Lodi Ribeiro, além de Marcello Lavenère, ex-presidente do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil.


A fala mais esperada no Senado é de Marcello Lavenère, que 1992 assinou a denúncia que deu base ao afastamento de Fernando Collor. Lavenère argumenta que na ocasião do impeachment de Collor, havia uma união do país contra o então presidente, e que agora o processo seira um "ato partidário" e apontando Eduardo Cunha (PMDB-RJ) ter comandado a tramitação na Câmara, mostrando claramente um "revanchismo" no processo.


Para a senadora Simone Tebet (PMDB-MS), afirma que a repetição de irregularidade nas contas públicas demonstra o agravamento da conduta do Governo. " Para mim, o que existe é um crime continuado, um estelionato eleitoral que serviu para pagar essa conta", disse a senadora se referindo à crise econômica, e reforça que a irresponsabilidade fiscal prejudicou o país, impactando no futuro.


O advogado-geral da União, José Eduardo Cardoso, será novamente ouvido pelos senadores na comissão do impeachment, após o relator, Antonio Anastasia (PSDB-MG), apresentar seu parecer para ser discutido na quarta-feira (04). Na sexta-feira (06), os 21 membros integrantes da comissão vota o relatório, que precisa de maioria simples para ser aprovado.

Se passar nesta etapa, haverá um intervalo de 48 horas úteis, para que no dia 11 de maio, seja feita a votação final sobre a admissibilidade ou arquivamento do processo, que precisa de 54 votos dos 81 senadores para o afastamento de 180 dias da presidente Dilma Rousseff.