18 de abril de 2024
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Eleições 2016: PDT tem opção para chapa própria em Camapuã

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A 140 km de Campo Grande, capital do Estado, Camapuã tem todas as condições para firmar-se entre os grandes centros de oportunidades no Centro-Oeste brasileiro.  Além de sua localização estratégica no Vale do Alto Taquari, lugar de belezas naturais únicas e servido por um dos complexos viários com maior fluxo de escoamento entre o Norte e o Sudeste do País, o Município tem solo e geografia privilegiados para atividades econômicas diversificadas, com destaque para as culturas agropecuárias e campo aberto à indústria, ao comércio, serviços e turismo.

Com cerca de 14 mil habitantes, a cidade tem apenas 66 anos de autonomia político-administrativa, mas seu povoamento começou entre os séculos 16 e 17, com a chegada dos jezuístas para a catequização dos índios e dos bandeirantes e aventureiros em busca de ouro e pedras preciosas abundantes no Norte de Mato Grosso. Nesta combinação entre passado e presente, Camapuã forjou suas vocações e gerou uma comunidade hospitaleira, trabalhadora e consciente do que deve fazer para que o Município se desenvolva de forma a distribuir mais e melhor as suas riquezas.

NOVAS DEMANDAS - Diante desse desafio, diversas gerações de dirigentes políticos e empresariais fizeram sua parte para atender à aspiração dos camapuenses. Hoje, no entanto, as demandas se acumulam em qualquer lugar com tendência de crescer. A expectativa pelo desenvolvimento faz as pessoas mais exigentes. E Camapuã não foge à regra. Seu povo quer que o progresso na região seja traduzido em bem-estar e oportunidades para todos, com acesso a serviços básicos de qualidade, modernização urbana, geração de empregos, qualificação da mão-de-obra, incentivo aos segmentos produtivos e, principalmente, a exploração racional e inteligente de suas potencialidades.

Estas avaliações são o entendimento de um camapuanense que estudou, analisou e, sobretudo, viveu problemas e soluções ao longo de uma vida totalmente dedicada às coisas de sua terra. Aos 56 anos, Fernando Furtado Ribeiro nunca exerceu mandato eletivo, mas em suas atividades profissionais sempre se destacou na defesa dos interesses de Camapuã e na solução de problemas que afetavam sua gente. Tinha apenas 22 anos de idade quando exerceu o cargo de secretário de Finanças na administração do prefeito Joaquim Faustino Rosa, um dos mais respeitados administradores públicos da história do interior do Estado.

CURRÍCULO - Desde então, Fernando Furtado vem servindo à comunidade, graças aos conhecimentos e experiências que acumulou como bancário (foi gerente do Banco do Brasil em Camapuã e outras três cidades), produtor rural e diversos cursos universitários e técnicos de qualificação. Bacharel em Administração de Empresas com pós-graduação pela USP, vai graduar-se também no próximo ano em Gestão Pública pela UCDB (Universidade Católica Dom Bosco). Aposentou-se do BB, onde ingressou por concurso em dezembro de 1981.  O domínio de questões gerenciais, sistemas de crédito, investimentos e empreendedorismo levou-o a ser convidado em 2008 para trabalhar no Sicredi, instituição de crédito cooperativo que está entre as melhores do gênero e conta atualmente com mais de dois milhões de associados. No Sicredi, Fernando Furtado entrou como conselheiro fiscal coordenador em dois mandatos e agora é titular do Conselho de Administração.

Para Fernando Furtado, é fundamental que as grandes e legítimas ambições de um povo precisam ser entendidas e respeitadas. “Todos os administradores que passaram pelo Município prestaram serviços que não podem ser ignorados”, afirma. “Cada um fez a leitura do instante que viveu. Quando trabalhei na gestão do prefeito Joaquim Faustino Rosa lembro-me que ele sempre se preocupava em manter receita e despesa equilibradas. Dizia que se os recursos eram poucos, a Prefeitura tinha que evitar gastos desnecessários e nunca deixar de lado a manutenção da cidade. Foram lições que aprendi pra toda vida”, recorda.

Hoje, entretanto, uma Prefeitura não pode trabalhar só com manutenção, observa. Ele cita um exemplo entre as necessidades essenciais para Camapuã: a ampliação da oferta de emprego, que depende da diversificação e da expansão da economia. Para isso é indispensável criar mecanismos de estímulo aos investidores e segmentos produtivos, capacitar a mão-de-obra, alargar aos jovens os horizontes do conhecimento e dotar o município da infraestrutura que falta. Fernando enfatiza que o papel de uma Prefeitura é o de ser indutora do progresso. “Os tempos mudaram, há novas necessidades, novas exigências. O poder publico não pode ser cabide de empregos, muito menos concorrer com a empresa privada no mercado de trabalho, porque vai se tornar deficitário e vai pagar mal, quando o que se precisa é pagar bem os servidores e investir na qualidade dos serviços”, assinala.

TRABALHISMO – Há aproximadamente um ano Fernando Furtado aceitou o convite para filiar-se a um partido político, o PDT. Atraído pelos ideais do trabalhismo e pela força simbólica da integridade que marcaram a vida publica de seus grandes líderes, como Leonel Brizola e Darcy Ribeiro, ele não tem dúvidas que os camapuanenses sabem da responsabilidade de fazer das próximas eleições a arrancada para um ciclo diferenciado na história do lugar.

“Não vamos ficar grudados no retrovisor ou dando voltas sobre nossas limitações”, destaca Fernando Furtado. “Penso que todo mundo sempre tem algo de bom a oferecer, o ser humano erra e acerta, tem virtudes e defeitos. Nós precisamos é aprender com essas lições, seguir os bons exemplos que nos foram deixados por líderes do naipe de um Joaquim Faustino Rosa, não fechar a porta para ninguém, abrir nosso coração e entender que não somos deuses nem donos da verdade. Mas temos que estar prontos para encarar os problemas e desafios e ter a capacidade de resolvê-los”.

Sobre a citação de seu nome como nova alternativa para a disputa eleitoral de 2016, Fernando Furtado Ribeiro diz que sentiu-se honrado pela lembrança e se for convocado não deixará de atender, desde que essa convocação seja feita pela vontade da população e tenha o aval da família e dos correligionários. “Se eu puder contribuir com esse novo momento da política em Camapuã, que seja em consequência de um processo legítimo, transparente e democrático. Porque Camapuã, com suas populações urbanas e rurais, tem problemas gerais e específicos que só serão solucionados com trabalho e competência, mas sem abrir mão da legitimidade, da transparência e da democracia”.