29 de março de 2024
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Reforma Previdenciária

"Elizeu Dionízio se fez de vítima para tirar proveito político de manifesto", afirmam sindicalistas

"Deputado Federal quer criminalizar manifesto no Aeroporto"

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Lideranças sindicais de Mato Grosso do Sul, que integram o Comitê Estadual Contra as Reformas Previdenciária e Trabalhista, formada pelas centrais (Força Sindical, CUT, CSB, CTB, NCST, UGT, CGTB, CSP Conlutas e Intersindical), sindicatos e federações, acusam o deputado federal Elizeu Dionízio (PSDB) de tentar criminalizar o ato político ocorrido no dia 28 de março no Aeroporto Internacional de Campo Grande, quando o parlamentar foi “recepcionado” por um grupo de manifestantes que cobravam duro uma posição dele com relação às reformas.

“Não houve agressão alguma ao parlamentar, que já chegou escoltado por seguranças”, explica Ricardo Bueno, presidente do Sintss-MS (Sindicato dos Trabalhadores em Seguridade Social de Mato Grosso do Sul) um dos intimados pelo 6º Departamento de Polícia da Capital, para depor sobre a acusação de agressão, registrada pelo parlamentar.

Além de Bueno, outros dois sindicalistas também foram intimados. Todos eles compareceram ontem perante o delegado  Edemilson Holler, mas se reservaram no direito de manterem-se calados diante da inquirição.

Os sindicalistas vão procurar levar o processo para a esfera do Ministério Público Federal, considerando que processo envolvendo o parlamentar só pode transcorrer nessa esfera. Eles todos (sindicalistas) não apresentam dúvidas de que ficará provado que Elizeu Dionízio se aproveitou da manifestação pública para tirar proveito político, segundo os manifestante; 'fazendo-se de vítima'. Eles garantem também que a justiça chegará a essa conclusão, pois existem vídeos que comprovam isso.

Membros do Comitê Estadual Contra as Reformas Trabalhista e Previdenciária de Mato Grosso do Sul garantem que as manifestações vão continuar, sem agressão, como vêm fazendo até agora, mas, cobrando duro de todos os deputados federais e senadores, para que votem de acordo com a vontade popular e não como eles bem entendem ou procurando satisfazer o empresariado.

Elvio Vargas, um dos membros do Comitê, teceu duras críticas ao deputado Elizeu Dionízio, por tentar calar a voz do povo, desrespeitando a liberdade de expressão e manifestação das pessoas. “O país está atravessando um período muito crítico, pois estamos na iminência de aprovar medidas que vão mudar a vida de todos os trabalhadores e em todo o Brasil. E são mudanças nada positivas. São mudanças que vêm para aniquilar a vida dos trabalhadores, acabando com seus direitos e colocando-os a um regime de semi escravidão no Brasil”, afirmou o sindicalista.

“Vamos continuar nos manifestando e no dia 28 de abril, vamos parar este país para demonstrar a indignação do povo brasileiro com o rumo que as nossas autoridades estão querendo dar ao país”, criticou. (Com assessoria).