19 de abril de 2024
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POLÍTICA

Estratégia, crédito e planejamento capacitam Riedel para 2022

PSDB trabalha nome do secretário de Governo para ser a opção na sucessão de Reinaldo Azambuja

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A variedade de alternativas do PSDB para montar sua chapa da sucessão estadual é a garantia de que o partido não terá problemas por falta de candidaturas. Ainda faltam três anos e alguns dias para as eleições que definirão quem vai suceder o governador Reinaldo Azambuja, mas as arrumações de época precisam ser preparadas com cuidado, calma e antecedência, como vêm fazendo os dirigentes e líderes tucanos.

É esse cuidado que leva o presidente do Diretório Regional, Sérgio de Paula; o governador Reinaldo Azambuja, e dezenas de lideranças e dirigentes da legenda a trabalhar com todo carinho a pavimentação da trilha a ser percorrida até 2022, conduzindo nesse avanço as opções para a disputa. E em se tratando de estratégia, ganha vulto nesse processo a figura do secretário de Governo e Gestão Estratégica, Eduardo Riedel.

Incumbido por Azambuja de dar o trato resolutivo no planejamento e na execução das metas da governança, Riedel mergulhou decidido na missão que lhe foi confiada. Abdicou de legítimas incursões político-eleitorais às quais tinha por direito e dedicou-se única e tão-somente aos seus papéis de estrategista e planificador lotado na central de inteligência do Governo. De lá, com intensa mobilidade e acompanhamento sistemático dos projetos e intervenções governamentais, assegurou uma base de governabilidade que Mato Grosso do Sul precisava para enfrentar o cenário recessivo.

Com Riedel, a Governadoria adquiriu fôlegos novos na interlocução e na gestão de suas demandas mais complexas, especialmente as produzidas com frequência pelos conflitos políticos e administrativos que desaguam no Executivo. Foi assim nos primeiros quatro anos e o esforço no segundo mandato, é construir novas possibilidades de crescimento para o Estado ao mesmo tempo em que se processa o enfrentamento da crise.

O desempenho vitorioso na delicada lide gerencial que protagoniza há quase cinco anos deu a Eduardo Riedel o revestimento necessário para suportar o mau tempo da política, sobretudo quando caem as tempestades pré e pós-eleitorais. Exemplo maior desse preparo é a serenidade com que mantém a governança apartada do jogo político que antecede as disputas municipais do próximo ano.  

Até agora, e com muito esforço, Riedel cumpre com maestria aquilo que o governador espera: evitar que o governo seja contaminado pelos ruídos da pré-sucessão municipal, especialmente em Campo Grande. Na capital, o PSDB terá que decidir entre dois cenários eleitorais: de um lado, compondo em uma aliança majoritária com o PSD para oxigenar a busca de Marquinhos Trad por mais quatro anos na Prefeitura; e, de ouro lado, lançando a própria chapa. Nesta última hipótese, dois nomes se ofereceram: os deputados federais Rose Modesto e Beto Pereira.

Sérgio de Paula e Reinaldo Azambuja têm plena consciência do desafio estratégico que devem enfrentar, convencidos que as eleições municipais serão o divisor de águas para a sucessão estadual e que Campo Grande terá peso decisivo. Dessa forma, agigantam-se os olhares das lideranças tucanas na direção de uma solução de eficácia no planejamento em busca de resultados. Não ao acaso os dirigentes do PSDB já preparam o terreno para fazer a lição de casa e seguir a velha máxima de que no lugar certo   só cabem as pessoas certas.