28 de março de 2024
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Renúncia

Manifesto contra Temer contou com 200 pessoas e durou 2h na Capital

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Manifestantes fizeram ato no Centro de Campo Grande para pedir a saída do presidente Michel Temer, após divulgação do conteúdo das delações dos irmãos Wesley e Joesley Batista, donos do grupo JBS. Os empresários contaram à Procuradoria Geral da República (PGR) que o presidente do Brasil deu aval para comprar o silêncio do deputado federal cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

Na Capital um grupo de manifestantes se posicionaram contra a permanência do presidente na administração do país. Inicialmente o grupo se reuniu na Praça Ary Coelho e depois caminhou até a Praça do Rádio pela avenida Afonso Pena. A concentração começou por volta das 17h30 (de MS) e a passeata terminou cerca das 19h30 desta quinta-feira (18). 

Organizadores do manifesto informaram que cerca de 200 pessoas participaram do ato. A Polícia Militar e a Guarda Municipal não divulgaram o número de participantes.

Os manifestantes pediram eleição direta para que a população escolha o novo representante para ficar à frente da Presidência da República. Nesta quinta-feira (18), Temer garantiu durante pronunciamento oficial que não vai renunciar.

Pela Constituição Federal, tanto na hipótese de renúncia quanto num eventual cenário de impeachment, deverão ser realizadas novas eleições. Conforme o Artigo 81, como faltam menos de dois anos para o fim do mandato (que se encerra em dezembro de 2018), a eleição seria feita pelos deputados e senadores, 30 dias depois da vacância no cargo. Até lá, assume interinamente o presidente da Câmara, posto atualmente ocupado por Rodrigo Maia (DEM-RJ).

Ainda nesta quinta-feira, o Supremo Tribunal Federal (STF) atendeu ao pedido da PGR e autorizou abertura de inquérito para investigar Temer na Lava Jato. O presidente nega que tenha cometido qualquer irregularidade e que não teme as delações.