25 de abril de 2024
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PGR prepara denúncia contra Delcídio e familiares já pensam em delação premiada

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A Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentará nos próximos dias, denúncia contra o senador Delcídio do Amaral (PT-MS), o banqueiro André Esteves, do Pactual BTG, o advogado Édson Ribeiro e o chefe de gabinete de Delcídio, Diogo Ferreira. 

As denúncias devem ser apresentadas ao Supremo Tribunal Federal (STF), que deu aval para a execução das prisões. Caso forem denunciados, os investigados têm que apresentar defesa ao tribunal e se o Supremo acolher a denúncia, o investigado passa a responder como réu no processo.

“Prejudicando as investigações”
O senador está preso desde a quarta-feira (25) na superintendência a PF em Brasília. Segundo relatório que embasou as prisões enviado pela PGR ao STF, Delcídio ofereceu a Nestor Cerveró, preso na Lava Jato, uma mesada de R$ 50 mil em troca de o ex-diretor da Petrobras não citar o senador em depoimento de delação premiada. A oferta foi feita em conversa telefônica com o filho de Cerveró, Bernardo Cerveró, que gravou o diálogo. De acordo com a gravação, Delcídio sugere também uma fuga do ex-diretor do país. Ele chega a afirmar que conseguiria um avião e que a rota iria do Paraguai à Espanha.

O relatório da PGR afirma que os valores prometidos a Nestor Cerveró seriam repassados à sua família mediante um “acordo dissimulado” entre o advogado Edson Ribeiro e o BTG Pactual, de Esteves.   

Delação premiada
Os familiares de Delcídio tem o aconselhado a negociar um acordo de delação premiada, sendo uma alternativa viável para não prejudicar mais o senador. Segundo informações preliminares, sua esposa, Maika estaria tentando incentivar o senador a participar da delação e não ser “prejudicado sozinho” nas investigações. O MS Notícias entrou em contato na manhã deste domingo (29) com Maika e com a assessoria de imprensa do senador, porém não retornaram as ligações até o fechamento desta matéria.