19 de abril de 2024
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Eleições 2018

PT registra candidatura de Lula com ‘procissão política’ e substituto engatilhado

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O PT protocolou na tarde quarta-feira, 15, o registro da sexta candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência da República.

O registro contou com um tipo de “procissão política” que reuniu milhares de pessoas pelas ruas de Brasília. Com bandeiras e máscaras do ex-presidente, os manifestantes chegaram a bloquear um dos eixos da Esplanada dos Ministérios e a polícia precisou ser acionada para controlar o movimento.

A candidatura foi realizada pela presidente do PT, senadora Gleisi Hoffmann, o ex-prefeito Fernando Haddad, e a deputada estadual Manuela D’Ávila (PCdoB). Outras lideranças do PT e de partidos aliados ficaram num trio elétrico, montado próximo ao TSE.

A estratégia do partido ainda é a de insistir com a candidatura de Lula até o limite permitido pela legislação eleitoral, mas pouca gente dentro do PT acredita que o ex-presidente não será impugnado com base na Lei da Ficha Limpa. Lula foi condenado em segunda instância no caso do Triplex do Guarujá em até o momento, ele funciona como uma espécie de “cabo eleitoral”  para o verdadeiro candidato, o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad, que foi registrado como vice na chapa.

Mesmo preso, Lula aparece à frente em diversas pesquisas de intenção de voto. Nos bastidores, petistas avaliam que até o dia 7 de setembro a situação estará decidida com Lula fora, definitivamente, da disputa eleitoral.

Campanha

Apesar do protesto em frente às câmeras, o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad se reuniu nesta quarta-feira, 15, em Brasília, com os principais caciques do PT para definir as estratégias de como o partido levará a campanha presidencial para as ruas.

Candidato a vice-presidente na chapa encabeçada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Haddad deverá começar a campanha em viagens pelo Nordeste, priorizando inicialmente a Bahia porque o candidato do partido à reeleição no Estado, Rui Costa, está bem cotado nas pesquisas. “Se tem um resumo dessa reunião é que defendemos botar o bloco na rua”, afirmou o ex-governador da Bahia Jaques Wagner, candidato a senador pelo PT da Bahia.