18 de abril de 2024
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Dia da Água

Takimoto reforça alerta sobre reservas fragilizadas

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O Dia Mundial da Água (quarta-feira, 22) foi ilustrado em Mato Grosso do Sul por diversas manifestações. Presidente da Comissão Permanente do Meio Ambiente na Assembleia Legislativa, o deputado estadual Gorge Takimoto (PDT) fez um alerta sobre os riscos de escassez que ameaçam a humanidade se práticas sustentáveis não forem adotadas de maneira ampla e sistemática por governos e sociedade. “Habitamos um Estado emblemático desta causa, que abriga dois terços do Pantanal, a maior planície alagável do planeta; que é servido por duas grandes bacias hidrográficas, as do Paraguai e do Paraná; e está sobre a maior reserva de água doce potável do mundo, o Aquífero Guarany”, observou o pedetista.

Takimoto lembrou que a data comemorativa foi adotada na Conferência Rio-Eco 1992 e a Conferência de Dublin, na Irlanda, em 1993, declarou a água um recurso finito e sujeito à escassez. “Fazemos mais este apelo pela vida e pela sustentabilidade, como vem fazendo a ONU (Organização Mundial das Nações Unidas) há um bom tempo. Mesmo chamado de planeta água, na Terra só um por cento do precioso líquido acha-se disponível ao consumo humano”, ressaltou.

Para o parlamentar, o Brasil, que concentra 12% detoda a água doce do mundo, deve assumir o desafio de “pensar a gestão de seus recursos hídricos, primando pela sua qualidade para a atual e futuras gerações”. Disse que em Mato Grosso do Sul a sociedade tem muito a refletir sobre tudo que envolve os cuidados com a água, cujos processos de captação, filtragem e quantidade dependem diretamene da cobertura vegetal original. “E isso nos preocupa muito, pois os nossos biomas estão degradados, em fase terminal ou quase, pelo ímpeto do desmatamento, tal como ocorreu com o cerrado”, advertiu.

CERRADO - Segundo Takimoto, o cerrado, com mlhares de nascentes, chegou a ser considerado um berçário das águas pelo papel essencial no abastecimento das bacias hidrogtráficas. Com a devastação – expansão desordenada das lavouras e atividades econômicas invasivas – milhares de fontes bloqueadas pelo assorreamento e compactação mecânica deixam de existir. “Dos cerrados brasileiros, a maior devastação desse bioma ocorre em nosso Estado. Incrível, mas 68% de sua cobertura original já vieram abaixo”, enfatizou. “E se o cerrado acabar, estarão comprometidos todos os mananciais que ele abastece”.

O deputado propõe ao governo estadual adotar medidas contundentes de preservação, controle e prevenção, como ampliar e estruturar as unidades de preservação e implementar um rigoroso zoneamento geoeconômico, com profunda base técnico-científica conceituada pela sustentabilidade. E chamou a atenção para os indicadores de desenvolvimento humano que elegem a água como parâmetro do futuro da humanidade: “É preciso entender que ter água é igual a ter oxigênio. E sem oxigênio não há vida humana”.