Começou com uma brincadeira em separar os antigos realizadores dos mais jovens. Depois fomos adequando uma lista de repetições estilísticas que faziam esse nome se tratar de uma linguagem, e uma linguagem tipicamente sul-mato-grossense.
Um estado que filma empiricamente, ou de forma independente ou com recursos governamentais, ou seja, ainda não tem um relacionamento com o privado. Sempre em busca de um autorretrato, mesmo em documentários ou filmes experimentais.
Nesta Edição de estreia temos duas mulheres do Cinema Novo do Oeste
Argento
Dir. Mariana Sena
Brasil
Tempo 12’
Em seu novo trabalho, o delírio em prateado como sugere o nome do filme é peça inicial para uma jornada de telefonemas, que na medida em que se provoca, proporciona uma nova forma de encarar a própria obra assistida.
Uma fotógrafa fadada a se deparar com uma estranha forma de compartilhar experiências sensoriais, na articulação ao que somos levados, as experimentações corporais e sensitivas a fim de narrar um significado que vai além das palavras. “São dois campos aparentemente muito distintos, por vezes contraditórios (palavra x imagem)”, reflete Sena, em seu mais profissional filme desde “O Subsolo da Mente” de 2009.
Destaque para trilha sonora de Jonas Feliz e fotografia de Helton Perez em prateado de Argento.
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Lucia tem um rabo
Camila Nham
Brasil
Tempo 18´
Filme Inaugural da carreira de Camila Nham como diretora, ela já havia se arriscado na Direção de arte de “Não Eu”, de Benneti e se destacou na oficina de vídeo do Teatral Grupo De Risco, no documentário de gênero “Intersecções”.
Em Lucia, temos uma jovem imersa em um mundo onde não se identifica com nada, não se enturma com seus amigos do trabalho nem parece ser dotada de qualquer qualidade, que possa salvar quem ela é. Segundo Nham o maior desafio para quem assiste "é se identificar a trivialidade incômoda em que vivem os personagens."
Destaque para Camila Scheneider que deixa personagens com seu biotipo e encara uma nerd de forma brilhante.