Nesta semana, repercutiu em todo o país o caso da jornalista Michelle Sampaio, demitida da TV Vanguarda (afiliada da Globo no Vale do Paraíba/SP) pelo simples fato de estar ligeiramente acima do peso, resquícios de uma gravidez no ano de 2016. Chama-nos a atenção o fato de: como o profissional pode ser desqualificado por isso?
Muitos dirão que "a TV tem padrões e tudo mais..." porém, é uma situação totalmente ridícula e absurda. Me admira o proprietário e presidente da Rede Vanguarda, Sr. José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, o famoso Boni, que durante décadas foi o "todo poderoso" da Rede Globo, não manifestar-se sobre tal fato, pois sempre defendeu e apregoou a qualidade e o valor profissional. Pelo que dizem, demissões dessa natureza não são novidade na emissora.
Lamentavel e anti-ética a postura dessa emissora e de tantas outras, visto que competência, trabalho e talento deveriam suplantar isso. Duvido muito que os telespectadores, reclamaram com a emissora, dizendo: "Pô! Assim não dá! Olha essa jornalista na tela? Está imensa de gorda! Tirem essa e coloquem outra mais magra!". Não mesmo! Ainda mais uma profissional com anos de casa e identificação com o público e sendo seu peso, nenhum fator de alteração na credibilidade do programa ou dos índices de audiência.
Que a repercussão desse episódio e a adesão positiva do público, criticando essa atitude, sejam uma marca de mudança dessa mentalidade nojenta, hostil e preconceituosa, que infelizmente habitam o meio televisivo e, representam o pensamento tolo de uma parcela da sociedade.