Uma questão que preocupa em especial as mulheres é a obesidade. Estar com o peso acima do que é normal é uma situação que as deixa desconfortável, sendo comum ouvir que não põem biquíni, não vão à praia, pela vergonha de expor o corpo. A vida sexual fica prejudicada por este motivo, além uma menor aptidão física e maior dificuldade de se locomover. Os homens também devem se preocupar, pois o aumento de peso está associado com aumento de pressão arterial, de glicemia, de triglicerídeos, que em conjunto, levam às doenças do metabolismo e do coração.
Quando se fala em obesidade, todos logo pensam em não comer doce, refrigerante, fazer exercício, uma nutricionista. Ou seja, pensam na parte concreta da questão, quantas calorias precisa cortar. Mas o que pouca gente se lembra, é que a comer é algo emocional, e daí segue que precisamos ir a um psiquiatra, psicólogo ou psicanalista para tratar das questões emocionais que estão na base da alimentação.
Comer não é apenas uma questão nutricional, é também uma questão afetiva. Senão vejamos: o contato com a mãe durante a amamentação é a base da primeira relação afetiva que ambos os sexos tem. Na sequência, vem o desmame, com a experiência de separação, só comparável ao momento do nascimento em importância. Em torno de comida, a família se reúne e este hábito se expande, sendo a base de toda a vida social.
Observo que em geral há dificuldade de lidar com os sentimentos e a parte emocional, apesar das pessoas notarem que comem quando estão tristes, ansiosas, ou comem para comemorar, sempre há um motivo para comer, além da fome. Os psiquiatras somente são lembrados no tratamento da obesidade na hora de fazer avaliação para cirurgia da obesidade, e só então a importância da parte afetiva na questão da obesidade é reconhecida.
Faço então a sugestão que as pessoas que desejam emagrecer prestem atenção e observem como estão se sentindo no momento em que comem, quais são as emoções presentes (pode ser raiva, alegria, tristeza, tédio) e desta forma, façam o tratamento completo da obesidade, que inclui exercício físico, médico e nutricional e afetivo.
