A operadora espanhola Aena Desarrollo Internacional venceu nesta quinta-feira (18.ago.22), o leilão para administrar o Aeroporto Internacional de Campo Grande Ueze Elias Zahran, o Aeroporto Internacional de Ponta Porã e o Aeroporto Internacional de Corumbá, respectivamente, Capital e municípios de Mato Grosso do Sul.
Aena já é administradora aeroportuária na região Nordeste do país desde janeiro de 2022. Hoje a companhia arrematou o bloco SP/MS/PA/MG por R$ 2,450 bilhões, sendo que foi a única que se inscreveu para lance no leilão desse bloco com ágio de 232%.
Além dos aeroportos em MS, a Aena administrará Congonhas e outros 7 terminais em Minas Gerais e Pará. O contrato é de 30 anos com expectativa de investimento de R$ 5,8 bilhões em todo bloco.
Até o início da semana era esperado que o Grupo CCR também entrasse no leilão, mas eles desistiram.
Esse foi o resultado da 7ª Rodada do Programa de Concessões Aeroportuárias do Ministério de Infraestrutura, que foi realizada nesta quinta na sede da B3, em São Paulo, e visava privatizar 15 aeroportos brasileiros.
O Aeroporto de Campo Grande, será passado a empresa recém reformado, onde foram investidos R$ 40 milhões dos cofres públicos.
OUTROS BLOCOS
Além da Aena, em outro bloco arremataram XP Infra IV Fundo de Investimento em Participações de Infraestrutura, que entra pela primeira vez no setor de aviação civil, e o consórcio Novo Norte Aeroportos.
A XP Infra levou o bloco da Aviação Geral, composto por Campo de Marte (SP) e Jacarepaguá (RJ), ao oferecer R$ 141,4 milhões para investir R$ 560 milhões nos terminais.
Formado pela Dix Empreendimentos e pela Socicam, o consórcio Novo Norte vai aplicar R$ 875 milhões nos terminais de Belém (PA) e Macapá (AP) depois de vencer o certame com uma oferta de R$ 125 milhões ágio de 119,78%.
Com esses, o Brasil chega à marca de 49 terminais concedidos à iniciativa privada.
AENA
Líder mundial em gestão aeroportuária com presença na Espanha (46 aeroportos e 2 heliportos), Reino Unido (aeroporto de Londres-Luton), México (12 aeroportos), Colômbia (2 aeroportos) e Jamaica (2 aeroportos) o que contribui para consolidar as sinergias de sua rede, com especial projeção na Ibero-América.
"Aena desempenha na área de influência dos seus aeroportos um papel de motor econômico, com um compromisso permanente de desenvolvimento e sustentabilidade econômica, social e ambiental. Seu modelo de negócio está alinhado com a Agenda de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas para contribuir com ações locais para alcançar objetivos globais", garante a empresa em seu site oficial.
Desde janeiro de 2020, Aena Brasil gerencia o Aeroporto de Campina Grande-Presidente João Suassuna e o Aeroporto de Juazeiro do Norte-Orlando Bezerra de Menezes, desde fevereiro o Aeroporto de Maceió Zumbi dos Palmares, o Aeroporto de Aracaju-Santa Maria e o Aeroporto de João Pessoa-Presidente Castro Pinto, e desde março o Aeropuerto Internacional Recife/Guararapes-Gilberto Freyre. "Estes seis aeroportos da região nordeste do Brasil registraram em 2019 um tráfego de mais de 13,8 milhões de passageiros, 6,5% do total do tráfego brasileiro. Concretamente, o aeroporto de Recife é o oitavo do Brasil por tráfego de passageiros totais e o sexto por tráfego de passageiros internacionais", detalham.