24 de abril de 2024
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ENSAIO DE RETOMADA

Confiança da Indústria tem sua segunda queda seguida

Índice foi divulgado hoje (28.set.2021) pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV)

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Hoje (28.set.2021) foi divulgado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV), o Índice de Confiança da Indústria (ICI), registrando sua segunda queda consecutiva, de 0,6 ponto em setembro, ficando em 106,4 pontos no mês. 

Depois de quatro altas mensais consecutivas, agosto e setembro decrescem no índice, segundo a Agência Brasil. Para a economista do Ibre/FGV Claudia Perdigão, a indústria apresentou boa recuperação no segundo semestre de 2020, mas vem encontrando dificuldades para manter o ritmo da retomada em 2021: 

"As percepções quanto à situação presente e futura vêm oscilando em decorrência de pressões de custo, alto desemprego, instabilidades econômicas e institucionais. Nesse contexto, soma-se ainda a crise hídrica que contribui para elevar a pressão inflacionária e as incertezas quanto à possibilidade de expansão da produção nos próximos meses, tornando mais pessimistas as expectativas para o final do ano principalmente entre os segmentos intensivos no uso de energia elétrica".

Segundo o instituto, o resultado de setembro foi influenciado pela queda no otimismo para os próximos meses, somado a uma acomodação da satisfação em relação à situação atual. O Índice Situação Atual (ISA) caiu 0,2 ponto, para 109,2 pontos, o menor valor desde agosto de 2020, quando o indicador ficou em 98,7 pontos. Já o Índice de Expectativas (IE) teve redução de 1,0 ponto, para 103,6 pontos, o menor patamar desde maio deste ano (99 pontos).

Entre os componentes do ISA, o Ibre/FGV aponta piora da situação atual dos negócios, com o indicador diminuindo 2,7 pontos, para 103,1 pontos, o menor desde agosto do ano passado (99,1). O indicador que mede a demanda total teve queda de 2,1 pontos, para 107,6 pontos. Já o nível de estoques subiu 4,1 pontos, para 116,0 pontos, o melhor resultado desde março (118,2).

Para os componentes do IE, a maior influência na queda do ICI em setembro foi a produção prevista para os próximos três meses, que diminuiu 1,5 ponto, para 99,7 pontos, o menor nível desde maio, quando o indicador ficou em 93,1 pontos. A perspectiva para os próximos seis meses reduziu 1,2 ponto, para 102,7 pontos.
As intenções de contratações reduziram 0,4 ponto no indicador de emprego previsto e o Nível de Utilização da Capacidade Instalada subiu 0,5 ponto percentual, para 80,2%, o maior valor desde novembro de 2014.