18 de março de 2024
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ECONOMIA

Pequenas variações no mercado mundial podem ter grandes impactos na economia a nível local

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Uma das grandes motivações para os avanços societais é a tentativa constante do homem de controlar os elementos à sua volta. Elementos estes que em grande parte possuem aspectos voláteis, seja por conta da sua conjuntura física e/ou química ou pelos instintos e preferências que guiam os seres vivos em seu percurso pelo planeta.

Nessa busca por controle demos passos enormes, e as provas disso se encontram em vários dos objetos e serviços que consumimos, indo desde a energia elétrica que abastece nossas casas até os elementos químicos que compõem os microchips de PCs e smartphones. Ao mesmo tempo, começamos a reconhecer que algumas coisas são bem difíceis de serem controladas, e o máximo que podemos fazer é tentar guiá-las para a direção que consideremos correta e torcer para que esse fluxo nos seja benéfico.

É assim que a economia, tanto a nível mundial quanto local, funciona. A nível mundial, variações podem ocorrer de um dia para outro, com as decisões de taxa de juros de um banco central afetando o mercado de títulos do mundo inteiro em questão de milissegundos. A nível local, uma boa safra nos campos sul-mato-grossenses garante não só bons lucros ao produtor, mas também bons preços aos consumidores dentro e fora do estado. Estas dimensões geográficas da economia interagem entre si de forma constante, afetando, consequentemente, a vida dos bilhões de seres humanos na Terra.

O “SOBE E DESCE” DA CONJUNTURA ECONOMICA

As variações econômicas mais comuns do nosso dia-a-dia, e também as mais reportadas, ocorrem no mundo do câmbio entre moedas e nas bolsas de valores. Não é apenas no Brasil que se dá tanto destaque a estas movimentações, uma vez que boa parte dos países é afetada de forma significativa, positiva ou negativamente, perante essas variações nos mercados mundiais.

A variação cambial afeta principalmente quem trabalha com mercado externo exportando e importando produtos. O Mato Grosso do Sul é certamente um dos estados com mais ligação com o câmbio por conta de sua posição entre os líderes de exportação de produtos da agropecuária, como soja, milho e carne bovina, com empresários do ramo podendo obter mais receitas quando a moeda brasileira se encontra desvalorizada – ou seja, mais barata – perante contrapartes estrangeiras como o dólar e o euro.

Ao mesmo tempo, temos a integração dos mercados mundiais a partir do “sobe e desce” dos títulos de ação. Graças a iniciativas como a da INFINOX ações, plataforma online que oferece CFDs (contratos por diferença) a investidores com base em títulos operados em mercados do mundo inteiro, o mercado financeiro brasileiro tem ficado cada vez mais integrado com as movimentações do resto do mundo. Os CFDs são contratos que permite que investidores realizem ordens de compra e venda de títulos sem precisar da posse de ações de grandes empresas internacionais, como Google e Apple, podendo obter lucros a partir de tais operações e também oferecendo um novo mecanismo de transmissão de "humores" do mercado. Essas movimentações, tanto das ações quanto dos CFDs, refletem não só o ânimo dos investidores em si, mas também os efeitos de como variáveis reais e definidas por instituições públicas, como taxas de juro, afetam de forma positiva ou negativa a atratividade de um país que necessita de investidores – caso do Brasil.

As variações econômicas podem ser encaixadas também nos âmbitos conjuntural e estrutural, com ambos interagindo entre si de forma constante. O aspecto conjuntural das variações fala sobre como impactos e choques de eventos únicos, geralmente a um nível local, afetam as variáveis econômicas, seja por um período de curto prazo ou tendo efeitos no longo prazo.

Já o aspecto estrutural fala sobre a “base” destas variações e o porquê de elas acontecerem. Logo, sabe-se que a entrada de dólares na economia de um país como o Brasil faz com que o real fique mais valorizado. Mas, para medir de forma exata o impacto deste evento, precisamos de uma análise de momento, ou conjuntural.

Todos estes elementos se unem para criar o nosso atual estado econômico, com suas vantagens e desvantagens. Para continuar a melhorá-lo, é preciso que haja um esforço coletivo para controlar as variáveis que podem ser controladas e torcer para que as tantas outras que fogem do nosso controle sigam o mesmo caminho positivo e benéfico para todos os envolvidos nesse processo contínuo.