16 de abril de 2024
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PIB cresceu 7,6% em 2010 e 3,9% em 2011, segundo novo cálculo do IBGE

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O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou, nesta quarta-feira (11), o PIB (Produto Interno Bruto) de 2010 e de 2011 de acordo com uma nova metodologia de cálculo. 

Pelo novo cálculo, o PIB, a soma de tudo o que é produzido no país, atingiu R$ 3,887 trilhões em 2010, representando um crescimento de 7,6%. 

O de 2011 chegou a R$ 4,375 trilhões, uma alta de 3,9%.

Segundo os cálculos anteriores do IBGE, o crescimento do país havia sido de 7,5% em 2010 e de 2,7% em 2011. Além de serem calculados com a metodologia antiga, esses dados eram preliminares. 

Os novos números para o PIB de 2010 e de 2011 são definitivos.

O IBGE mudou a metodologia atendendo a uma recomendação da ONU (Organização das Nações Unidas) de 2008, que já foi adotada em outros países. 

O órgão também aplicou o novo cálculo para revisar os resultados da economia brasileira entre 2000 e 2009. 

Com isso, o PIB médio do período ficou 2,1% maior que o divulgado anteriormente. A taxa média de crescimento anual do PIB também subiu, de 3,5% para 3,7%.

Mudança de cálculo pode evitar recessão em 2014

A alteração na metodologia criou no governo a expectativa de que o resultado da economia em 2014 não seja negativo, segundo reportagem da "Folha de S.Paulo". 

No ano passado, a economia do país encolheu em dois trimestres (0,2% no primeiro e 0,6% no segundo). No terceiro trimestre, cresceu 0,1%.

O resultado do quarto trimestre, fechando o ano, só será divulgado no dia 27 deste mês.

Estimativas do Banco Central, porém, apontam que a economia brasileira recuou 0,15% em 2014.

Com a revisão, o PIB pode aumentar, a exemplo do que aconteceu com os resultados de 2010 e 2011, já que o novo cálculo considera como investimentos itens que anteriormente eram classificados como despesas. Assim, o país não registraria recessão em 2014.

IBGE revisa resultados de 2000 a 2009

Em relação aos resultados de 2000 a 2009, o IBGE revisou suas estimativas anteriores.

Em 2000, por exemplo, enquanto a série antiga estimava R$ 1,179 trilhão, a nova série levantou um PIB de R$ 1,202 trilhão.

Em 2001, a estimativa ficou próxima do resultado pelo novo cálculo, crescendo 1,3% em ambos os casos; em 2002 a variação foi revisada de 2,7% para 3,1%.

O dado de 2003 foi revisado de 1,1% na série antiga para 1,2% na nova série; o de 2004 foi mantido em 5,7%.

Em 2005, a revisão apontou um resultado pior: de 3,2% para 3,1%. Em 2006, a estimativa de alta de 4% foi mantida. Em 2007, caiu de 6,1% na série antiga para 6% na nova série.

Em 2008, a alta do PIB pelo cálculo antigo tinha sido de 5,2%; pelo novo cálculo, ficou em 5%.

Em 2009, quando a economia encolheu, o novo cálculo apresentou recuo de 0,2%, ao invés da queda de 0,3% da estimativa anterior.