25 de abril de 2024
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ECONOMIA

Popularidade do Pix deve adiantar a chegada do real digital

2021 foi o primeiro ano completo de uso da nova ferramenta, que apresentou mais de 9,5 bilhões transações realizadas e 117 milhões de usuários

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O chamado “boca a boca” talvez seja uma das melhores maneiras de perceber a popularidade das novas tendências que se incorporam no dia-a-dia da população. Levando isso em consideração, uma das grandes novidades do ano passado no Brasil foi a popularização da expressão “mandar um Pix”.

A nova alternativa de pagamentos criada pelo Banco Central  no último trimestre de 2020 caiu no gosto do brasileiro, que migrou com tudo para essa opção, deixando um pouco de lado TEDs, boletos, cheques, entre outros meios de pagamentos mais tradicionais. 2021 foi o primeiro ano completo de uso da nova ferramenta, que apresentou mais de 9,5 bilhões transações realizadas e 117 milhões de usuários.

Por conta da sua praticidade e velocidade, as pessoas têm utilizado o Pix para as atividades mais corriqueiras, seja para pagar aquele cafezinho, realizar uma transferência para um parente ou amigo, fazer uma compra em um e-commerce, adquirir um serviço online ou até mesmo palpitar nas casas de apostas que aceitam pix, que se tornaram  comuns nos últimos tempos. Estas plataformas, por exemplo, resolveram adotar o método de pagamento por conta da sua simplicidade, o que facilita e muito a vida dos clientes, que ainda encontram no sitedeapostasonline.net promoções exclusivas que aumentam bastante o saldo do usuário, para que eles possam explorar e testar todas as alternativas oferecidas pelas operadoras de apostas.

O sucesso absoluto do Pix, uma das criações mais importantes do Banco Central, deve levar a instituição a implementar outros avanços tecnológicos, buscando modernizar o sistema financeiro vigente no país. Sendo este o caso do real digital, uma criptomoeda bem parecida com o bitcoin, só que oficial do Brasil.

Segundo o analista da secretaria executiva do Banco Central, Fabio Araujo: “O Pix ajudou as pessoas a se familiarizarem com as transações em carteira eletrônica, o que facilita muito a adoção de tecnologias similares”.

REAL DIGITAL

A ideia do Banco Central é pôr em teste o real digital a partir de abril. Para tal, a autoridade monetária utilizará o Laboratório de Inovações Financeiras e Tecnológicas (LIFT Lab), que é bancado pela parceria feita com a Federação Nacional de Associações dos Servidores do Banco Central (Fenasbac). Com isso, a expectativa é criar um desafio utilizando a moeda virtual para as instituições financeiras do mercado, o chamado LIFT Challenge. “A proposta é desenvolver um debate para que boas ideias possam ser implementadas. E o próprio BC vai acompanhar e poder interferir nos aspectos positivos e negativos do projeto logo no nascedouro da tecnologia”, afirma Rodrigoh Henriques, coordenador do LIFT Lab.

A novidade apresenta um grande potencial, e deve permitir funcionalidades que o real tradicional não comporta. Dentre elas estão o chamado dinheiro direcionado e os pagamentos por meio da internet das coisas (IoT). O primeiro simplesmente significa programar a realização de transações financeiras, podendo ser restringidas a uma região geográfica ou à determinada finalidade, o que aumentaria a segurança dos traslados financeiros. Com isso, uma pessoa poderia sair para um shopping e definir que a sua carteira digital só poderia ser utilizada na região daquele estabelecimento, ou um pai poderia limitar o uso do dinheiro do filho na cantina do colégio.

Enquanto isso, levando em consideração a internet das coisas, há a possibilidade de que objetos inteligentes utilizem recursos digitais para realizar compras de maneira autônoma, como uma impressora que encomenda e paga os cartuchos de tinta quando eles estiverem se esgotando.  Ainda há diversos outros usos que têm sido cogitados e avaliados pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban), e que serão os desafios dos bancos nos próximos meses.

 A moeda digital ainda precisará ser testada para se saber se ela irá se provar um mecanismo factível, repleto de vantagens e sem riscos para a segurança das transações. O Banco Central tem realizado diversos estudos, e a expectativa é que o real digital possa ser implementado em até dois ou três anos, contando a partir do projeto-piloto que será lançado ainda em 2022.

Segundo o Banco de Compensações Internacionais (BIS), dentre os países que têm testado a implementação de uma moeda digital própria, a China é a que está mais avançada. Sendo que eles lançaram no início do ano um aplicativo de pagamentos e transferências de yuan digital em várias cidades, como Pequim, que será sede das Olimpíadas de Inverno.