18 de abril de 2024
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Crise econômica

Taxa de desemprego atinge 9,5%, no trimestre encerrado em janeiro aponta IBGE

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A taxa de desemprego no Brasil atingiu 9,5% no trimestre encerrado em janeiro, em média, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). É o maior nível registrado pela pesquisa, que começou a ser feita em 2012. 

O resultado ficou acima do registrado no mesmo trimestre do ano anterior, que foi de 6,8%, e superou também o do trimestre encerrado em outubro de 2015, quando foi de 9%. 

O número de desempregados chegou a 9,6 milhões de pessoas, o que representou alta de 6%, ou 545 mil pessoas, em relação ao trimestre de agosto a outubro de 2015. No confronto com igual trimestre de 2015, o número subiu 42,3%, o que representa 2,9 milhões de pessoas.

Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (24) e fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua mensal. 

População ocupada

Ainda de acordo com a pesquisa, a população ocupada somou 91,7 milhões de pessoas, o que representa queda de 0,7% quando comparada com o trimestre de agosto a outubro de 2015. Em comparação com igual trimestre de 2015, foi registrada queda de 1,1%, de acordo com o instituto.

O IBGE considera desempregado quem não tem trabalho e procurou por empregos nos 30 dias anteriores à semana em que os dados foram coletados. A Pnad Contínua usa dados de 211.344 domicílios particulares permanentes distribuídos em cerca de 3.500 municípios. 

Carteiras assinadas caem 3,6%

Assim como houve queda no número de postos de trabalho, a quantidade de carteiras assinadas também foi reduzida. O número de trabalhadores com carteira assinada caiu 3,6% no trimestre até janeiro, em comparação com o mesmo período de 2014, o que representa 1,3 milhão de pessoas a menos. Em comparação com o trimestre encerrado em outubro, o número de carteiras ficou estável, segundo o IBGE.

Outra queda no bolso do brasileiro é em relação ao rendimento médio, que caiu de R$ 1988 para R$ 1939. O rendimento é menor também do que o registrado no trimestre encerrado em outubro (R$ 1.948). Este último resultado, porém, é considerado estável pelo IBGE.

Perspectivas para 2016

Analistas consideram que o mercado de trabalho deve deteriorar ainda mais ao longo deste ano, dada a expectativa de profunda retração da economia. Pesquisa Focus do Banco Central, que ouve semanalmente uma centena de economistas, aponta que a expectativa é de que o Produto Interno Bruto (PIB) sofra contração de 3,6% este ano, depois de despencar 3,8% em 2015.